C.S.
Este fim de semana que passou levou-me até à minha cidade. A que me viu nascer, crescer, cair, levantar, namorar, licenciar, partir e casar. A cidade onde me sinto em casa, por mais tempo que passe. Conheço-lhe as ruas e os recantos, sinto-a em mim, mesmo não estando.
Eu, que adoro sair, gosto sempre da sensação de voltar a casa. Por isso, ir a Évora é como ir a casa. Caminhar pelo seu centro histórico é um reavivar memórias.
Évora permitiu-me crescer com o conforto de uma cidade, mas vivenciando o que de melhor a vida rural tem para oferecer. Gosto muito do sítio onde vivo atualmente, não sei se algum dia sairei daqui, mas Évora será para sempre a minha cidade. O Alentejo corre-me, inevitavelmente, nas veias. Conheço-lhe a silhueta, o calor e o frio, as cores e os sabores.
Há uma canção que a Tuna Académica da Universidade de Évora costuma interpretar muito bem e da qual sempre gostei muito, que fala, precisamente, sobre a saudade desta bela cidade:
«Eu não sei o que tenho em Évora
Que de Évora me estou lembrando
Quando chego ao rio Tejo
As ondas me vão levando
Abalei do Alentejo
Olhei para trás chorando
Alentejo da minh'alma
Tão longe me vais ficando (...)»