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há mar em mim

19
Abr17

Esta sociedade em que vivemos

C.S.

Arrisco-me a afirmar que a humanidade está mais desenvolvida que nunca, em todas as áreas: ciência, tecnologia, medicina... Temos tudo mais avançado e acessível que há 10, 20, 50, 100 anos atrás. Mas somos humanos e nunca estamos satisfeitos. 

A esperança média de vida não para de aumentar, mas deixámos de beber leite, porque nos pode matar e só os humanos bebem leite depois de adultos, fazemos mil e uma dietas, para vivermos mais tempo, gastamos rios de dinheiro em cremes da moda, para que não vejam os sinais do tempo a passar por nós e questionamos os avanços alcançados, porque temos de duvidar sempre de alguém ou de alguma coisa.

Uma miúda morreu com sarampo. Uma miúda morreu porque contraiu sarampo e não estava vacinada. Uma miúda, com apenas dezassete anos, morreu porque atrás do sarampo veio uma terrível pneumonia. 

E nada disto faz sentido. Os pais desta miúda, que eram anti vacinação, devem estar devastados, arrastando consigo uma culpa enorme, insuportável e destruidora. 

O sarampo, que eu pensava estar erradicado, voltou. Ceifou uma vida. Afinal as doenças só estão controladas enquanto adotamos comportamentos preventivos. 

Uma miúda de dezassete anos morreu devido a sarampo e nada disto faz sentido em pleno ano de 2017, numa Europa que se diz desenvolvida e que todos os dias fecha os olhos aos milhares de pessoas que lhe pedem ajuda. 

 

(Imagem aqui)

19
Abr17

Conhecem a Rosinha?

C.S.

A Rosinha nasceu de uma relação aparentemente perfeita, até ao dia em que os seus pais decidiram divorciar-se e mostrar as garras.

Tribunal ao barulho e a Rosinha pelo meio. Do alto dos seus sete anos compreendeu que se os pais não iam ficar juntos alguém tinha de lucrar com a situação. E a Rosinha amorosa foi ficando cada vez mais autoritária, parecendo que só ela conseguia meter os pais em sentido. Pelo menos no sentido de satisfazer todos os seus caprichos.

A Rosinha amadureceu em clima de tensão e aprendeu a manipular todos à sua volta. Conseguia sempre o que queria. Até na escola. Conseguia as amizades, os namorados, os melhores lugares para almoçar... Era a Rosinha líder, usufruindo de tudo aquilo que essa posição possa ter de mau.

Os anos passaram e a Rosinha julgava-se invencível. Foi o mercado de trabalho e a doença da mãe que a fizeram descer do pedestal e um dia a Rosinha compreendeu que não havia uma única pessoa na sua vida em quem pudesse confiar totalmente.

Aos vinte e oito anos sentiu a solidão pela primeira vez. Aos trinta decidiu que estava farta de fingir e embarcou numa viagem que mudaria para sempre a sua vida. 

(Imagem aqui)

 

 

 

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