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há mar em mim

28
Abr17

Para onde caminhamos?

C.S.

Quando eu era adolescente e não foi assim há tanto tempo, tendo em conta que tenho 30 anos, as emoções e sentimentos andavam ao rubro. E não só as minhas, também as dos meus amigos e colegas, claro. Alguém não ter correspondido ao nosso olhar ou ao nosso sorriso podia ser o fim do mundo, assim como um aceno de cabeça poderia encher-nos o dia. 

Chorávamos e riamos com imensa facilidade. Zangavamo-nos, gritávamos e, às vezes, existiam discussões que poderiam levar meses a passar. 

A minha geração foi a primeira a levar telemóvel para a escola. Aprendemos a enviar sms com tal destreza que era muito difícil um professor apanhar-nos. Inventámos abreviaturas para tudo e mais alguma coisa, porque as sms pagavam-se ao preço do ouro. 

A minha geração passou por imensas transformações e fomo-nos moldando com o tempo. Mas não me lembro de haver entre nós maldade genuína. Intenção de fazer mal. Gosto em ver o outro mal. Logicamente que pessoas más sempre houve e sempre haverá. Mas parece-me que estas novas gerações estão mais propensas para a maldade. Estão mais à mercê das pessoas más. 

 

Que história vem a ser esta do jogo da baleia? 50 desafios que culminam em suicídio? Como se trava isto? Como podem os pais não ficar histéricos perante estas notícias?

Eu não tenho filhos e quando ouço estas coisas pergunto-me se realmente terei capacidade para ter um filho. Como se sentirá um pai e uma mãe que sabe que o filho se envolveu em tal esquema?

Quero acreditar que muitos dos miúdos que entram neste jogos são aqueles que estão menos acompanhados e, por esse motivo, mais suscetíveis. Mas quem os protege? Quem terá capacidade para controlar esta praga? 

Estas notícias são assustadoras. Hoje em dia os miúdos tem acesso a tudo e é muito fácil serem seduzidos. Mais que não seja para conseguirem aprovação e nós sabemos que há muitos adolescentes que, neste momento, fazem tudo para serem notícia. Para aparecerem. Para terem seguidores. Para serem populares, famosos e virais. E é aqui que reside o grande calcanhar de Aquiles da atualidade. 

Caminhamos para o abismo?

 

 (Imagem aqui)

 

(Não é um bom pensamento para terminar a semana. Mas é a atualidade que temos.)

 

28
Abr17

E vocês? Já jogaram ao Preço Certo?

C.S.

Ontem, depois do trabalho, tive de passar no Aki para comprar uma nova fechadura para caixa do correio porque, vá-se lá saber porquê, a que eu tinha ficou-me agarrada à chave na última vez que fui espreitar se tinha chegado alguma continha para pagar (é só o que eu recebo, enfim...).

Das cinco caixas existentes apenas uma estava em funcionamento e a fila ia-se acumulando, (parecia aquele jogo em que temos de rebentar as bolinhas coloridas, sempre com as cores correspondentes, e precisamos desesperadamente de uma bolinha amarela, mas só nos calham todas as outras com cores do arco-íris). Quando já estava perto de ser a minha vez, faltando apenas que dois casais efetuassem o pagamento, comecei a prestar atenção ao que se passava e vi e ouvi que a cada artigo registado o primeiro casal ia dizendo: isso são 2,95€, não é? Isso agora anda à volta dos 15,35€, certo? E assim sucessivamente. O rapaz da caixa ia acenando afirmativamente enquanto fazia o seu trabalho de forma paciente. Despachados estes, foi a vez do casal que me separava da porta de saída, que eu desejava muito alcançar, pois estava cansada e queria muito ir para casa.

Adivinhem o que aconteceu? A sério! Juro!

Não é que este casal fez exatamente a mesma coisa?! Com a agravante da conta deles ser bem mais extensa. E o rapaz da caixa olhava para todos os lados em busca de auxilio e nada, lá teve ele que continuar a desempenhar o papel de Fernando Mendes à força. E eu a pensar: querem ver que isto é um especial Preço Certo num Aki do Algarve?! Onde é que eu me vim meter?! Mas não. Eram apenas estes dois casais que gostam certamente de sentir a adrenalina em níveis elevados e decidiram tentar a sua sorte numa louca tarde de compras em produtos de casa de banho e lâmpadas.

(Imagem aqui)

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