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há mar em mim

12
Set17

É apenas uma opinião pessoal

C.S.

Andava eu dar uma vista de olhos nos destaques do sapo, quando me deparo com um texto que foi escrito a propósito do regresso às aulas.

A pessoa em questão decidiu escrever sobre os seus piores professores, diz que também teve muito bons professores, mas escolheu falar dos piores.

E eu pensei: "Vamos lá ler isto, é sempre engraçado ver alguém a tentar satirizar os professores, esses desgraçados que têm uma vida tão facilitada e que são tão bem pagos pelo que fazem e ainda recebem o reconhecimento geral da população.".

Agora a sério, li porque tenho noção que os professores não são perfeitos, têm falhas, não estão todos ao mesmo nível de conhecimentos e há os que têm mais ou menos jeito para lidar com crianças/adolescentes. É do conhecimento geral que em todas as áreas temos bons e maus profissionais ou viveríamos no mundo perfeito. Mas não estava preparada para este texto.

São descritas situações graves, que jamais deveriam acontecer numa sala de aula, mas que, pelos vistos, aconteceram. Contudo, não me deixa de chocar o tom de todo o texto, que não só denuncia situações estranhas, mas que goza com aspetos físicos dos "personagens" narrados ou com a forma como se vestiam. Chega a desejar que um antigo professor esteja morto. Uma pessoa que, segundo as palavras da autora da narrativa, foi expulsa da escola (e bem!!!) onde lecionava, ou seja, que terá sofrido as consequências do seu ato de loucura, (que acredito que tenham sido maiores que esta expulsão). Mas haverá necessidade de desejar-se a morte a alguém? É quase como uma concordância com a pena de morte.

Talvez eu esteja errada em achar que isto é incorreto, mas não consegui evitar vir dar-vos a minha opinião. Creio que há demasiado ódio nestas palavras e aquilo que eu julguei ser uma sátira é, na verdade, um texto maldoso.

12
Set17

Estamos realmente mais livres?

C.S.

Há algum tempo que esta pergunta paira na minha mente e explico-vos já a sua razão de ser: as redes sociais.

Estou convicta de que as redes sociais nos aprisionaram mais do que nos libertaram, isto porque hoje em dia é muito fácil ser-se julgado.

Creio que hoje, antes de se opinar sobre o que quer que seja, há uma maior preocupação com o impacto que terá a nossa forma de ver determinada questão. E é triste, pois o debate é algo saudável e que nos faz crescer e aprender em todas as idades.

 

Veja-se os miúdos em idade escolar que pautam os seus comportamentos em função daquilo que acham que terá mais "likes" e assim se vai perdendo a genuinidade e, também, a criatividade.

Há uns tempos li ou ouvi um pediatra a defender que os pais não deveriam ter medo que os filhos se aborrecessem nas férias ou sentissem que não tinham nada para fazer, pois seria a partir desse ponto que eles iriam estimular a sua capacidade de imaginação e engendrar um plano para se manterem ocupados. E ainda que não me lembre o nome da pessoa que defendeu esta teoria, dou por mim a concordar com ela. Uma vez que me parece que os pais têm mesmo algum receio de que as suas crias sintam uma pontada de tédio.

 

Infelizmente, não me parece que estejamos mais livres, pelo menos deste ponto de vista que vos apresento. Mais do que nunca teme-se a exclusão, seja do facebook ou do grupo "x" do whatsapp, faz-se o que for preciso para se estar na moda e corresponder aos desafios que as redes nos propõem. Só dessa forma se explica o sucesso de desafios com baldes de gelo, ingestão de colheradas de canela, traquitanas que giram nas pontas dos dedos ou levantar os braços à frente da testa.

 

Veja-se a quantidade de pais que colocam fotos dos filhos na rede, contudo, muitos tapam-lhes a cara com emojis. Havia necessidade disto? Não! Mas sentem que têm de demonstrar o amor que têm aos filhos via facebook ou algo semelhante, como se, caso não o fizessem, temessem que alguém os acusasse de má parentalidade.

 

Ainda assim, considero que as redes sociais são mais positivas que negativas, todavia, acabam por constituir uma espécie de ditadura dos tempos modernos. E isso não deixa de ser preocupante e alarmante.

(Imagem aqui)

 

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