Um sentido para a vida
Todos nós, sem exceção, procuramos um sentido para a nossa existência. Uns fazem uma procura deliberada, outros tentam encontrá-la sem saber.
Há quem se resigne. Há quem nunca desista.
E esta busca louca faz-nos viver numa espécie de limbo. Um lugar de ninguém.
Certamente que não é a meta, mas também já não é a casa de partida.
Uns rezam.
Uns viajam.
Uns defendem causas.
Uns matam.
Uns dão vida.
Uns perdem-se para sempre.
Uns tratam dos que os rodeiam.
Uns isolam-se.
Uns debatem futebol como se nada mais importasse.
Uns casam.
Uns ficam para sempre sós.
Uns são ricos.
Uns são pobres.
Uns enlouquecem.
Uns...
Todos nós.
Seria mais fácil, a vida, se soubéssemos de antemão o que queremos atingir?
Alguma vez nos resignaríamos à simplicidade?
À aceitação?
À calma?
É a vida mais preenchida quando andamos à procura de algo que desconhecemos?
O que queres?
O que quero eu?
Inspiro.
Expiro.
Inspiro.
Expiro.
Espero que passe. Que não volte...
Que seja desta!
Espero...
E tudo recomeça.
(Imagem aqui)