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há mar em mim

28
Out18

Sabores de outono

C.S.

O outono traz-nos o frio.

E a vontade de ficar em casa a descansar dos dias longos de verão. 

O sal na pele é substituído por tecidos confortáveis. 

Desejamos que os fins-de-semana se prolonguem.

Sentimo-nos letárgicos.

E vêm-nos à memória sabores que pareciam estar esquecidos. 

Queremos a casa quente. 

O corpo quente.

A alma quente.

Acendemos o forno. 

Um cheiro doce inunda-nos.

Cheira a porto seguro. 

A âncora.

Um sítio conhecido onde queremos ficar. 

É domingo. 

Não temos pressa.

Fazemos chá. 

Comemos bolo de maçã.

Enroscamo-nos no sofá. 

E somos felizes. 

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26
Out18

Follow Friday - A Mula

C.S.

Eu tenho sérias dúvidas de que algum de vocês não conheça o blog da Mula, mas nunca fiando...

Vão lá saber dos seus desabafos, eu faço-o com frequência e gosto sempre. Gosto da escrita, do seu humor e da forma como nos vai envolvendo na sua vida. É um blog onde nos sentimos bem e, neste momento, a Mula precisa de um pouco mais de carinho. Esta foi a forma que arranjei de lhe dizer que gosto muito do que ela faz por aqui e que tenho a certeza que tudo se vai resolver. 

 

 

25
Out18

Sobre o programa da sic (que eu não vi!)

C.S.

É verdade. Vou emitir opinião sem ter visto o programa. Shame on me!

 (Imagem aqui)

Não vi o programa da sic, mas já havia esbarrado, há uns tempos, com a versão australiana, (creio...), na sic mulher. Vi uns 10/15 minutos e percebi que se tratava de um programa onde duas pessoas casavam, vamos dizer de livre vontade, sem se conhecerem. Bonito...

Há quem fale do casamento como um contrato celebrado entre duas pessoas, pois na minha opinião este programa é uma Ode a isso mesmo. Duas pessoas, a troco de dinheiro e exposição, celebram um contrato, tendo por testemunhas todo e qualquer espetador que não tenha nada melhor para fazer num domingo à noite.

Tenho de dizer-vos que, como romântica que sou, acho este programa uma aberração, uma vulgarização do casamento e um total descrédito de algo tão bonito e puro como é o amor. 

Não é só o facto de eu ter assistido a todas as comédias românticas com a Julia Roberts que me levam a abominar que o serviço televisivo dos nossos dias ache por bem reavivar o conceito dos casamentos arranjados, é também a ideia de que este programa será mais um mau exemplo para os jovens, que cada vez dão menos crédito a valores essenciais como o respeito, o companheirismo, a empatia... 

O casamento, (quem diz o casamento, diz união de facto ou o que lhe queiram chamar...), deveria ser um passo ponderado e assente na ideia de que a pessoa que escolhemos para partilhar a nossa vida é a certa, é aquela com quem queremos partilhar as coisas boas, mas também as más. Alguém em quem devemos confiar sem hesitações. A pessoa com quem ansiamos falar após um dia de trabalho esgotante. A pessoa com quem queremos partilhar os nossos sonhos. 

Eu acredito que a paixão à primeira vista existe, mas o amor necessita de trabalho, de conhecimento, de namoro. Este programa salta a fase do namoro e saltar a fase do namoro é saltar uma fase essencial e tão bonita das nossas vidas. O namoro é feito de descoberta e de entrega, porque amar dá trabalho, requer paciência e muito carinho, dedicação e mimo. Já escrevia o Camões:

Tu só, tu, puro Amor, com força crua

Que os corações humanos tanto obriga,

(...)

 

 

 

 

24
Out18

A vida (mais ou menos) como é...

C.S.

Somos eternos insatisfeitos.

Bem sabemos...

Queremos sempre o que jamais teremos. 

Complicamos a nossa vida.

Aos 5 só queremos gastar todas as horas do dia a brincar. O tempo nunca é suficiente. 

Quando temos 15 queremos ser adultos, conduzir, experimentar tudo...

Chegam os 20 e tudo nos parece possível, exceto o dinheiro para não ter de depender dos pais.

Aos 30 desejamos poder ter 20 outra vez, repetí-los eternamente.

Nos 40 queremos que tudo esteja estável, mas a vida não é assente em pilares, mas sim em pântanos. Temos de aprender onde pisar. 

Aos 50 sentimos uma juventude fictícia.

Já nos 60 lembramo-nos melhor do que aconteceu aos 15 do que aquilo que jantámos ontem.

Nos 70 queremos acreditar que os filhos e os netos ficarão para sempre bem.

Aos 80 desejamos não ter dores.

Nos 90 existem dois tipos de pessoas: as que desejam chegar aos 100 e as que desejam morrer.

(Imagem aqui)

 

23
Out18

O Primeiro Homem na Lua

C.S.

Ontem fui ver O Primeiro Homem na Lua, com Ryan Gosling, no papel principal, a dar vida a Neil Armstrong. 

Tinha muita curiosidade acerca deste filme, queria vê-lo no cinema e, por isso, aproveitámos o facto dos bilhetes estarem a 2,5€, (incluindo hoje e amanhã, aproveitem!). 

(Imagem aqui)

 

Neil Armstrong é uma figura incontornável do séc. XX e um nome que ficará para sempre na História da Humanidade como tendo sido o primeiro Homem a dar o primeiro passo para solo lunar. 

O Primeiro Homem na Lua retrata, não só a chegada à Lua, mas o percurso que Neil fez para lá chegar, incluindo o lado mais privado da sua vida, no seu seio familiar. 

A longa-metragem apresenta-nos Neil como um homem algo introspetivo e a lidar com o luto pela sua filha de dois anos. Daquilo que li, parece-me que o filme é um bom retrato da realidade. Mesmo a cena em que o astronauta fala com os filhos, antes de embarcar no Apollo 13, foi contada ao realizador, Damien Chazelle, pelos próprios filhos de Armstrrong. 

O filme está concebido de forma a fazer-nos experienciar, de alguma forma, o que Neil poderá ter sentido, seja ao lidar com a morte da filha e dos amigos, seja ao conquistar um feito único, existem momentos que nos fazem mesmo suster a respiração. Damien Chezelle acertou em cheio!

Eu gostei bastante do filme, ainda que a linguagem seja muito técnica e que Gosling não tenha diálogos muito longos, creio que se arrisca a receber um Óscar. Veremos... 

Aliás, arrisco a dizer que este filme competirá em praticamente todas as categorias e que é capaz de arrecadar alguns (vários?) prémios. Da banda sonora à fotografia, este filme garante-nos 138 minutos de bom cinema. 

 

 

Se não têm planos para esta noite, aproveitem o facto dos bilhetes estarem a 2,5€ e vão ao cinema. Divirtam-se e emocionem-se. 

22
Out18

Porque as segundas-feiras precisam de brilho extra...

C.S.

Bom dia!

 

Como estão? O fim-de-semana foi tudo aquilo que esperavam?

O meu foi calmo, terminei o trabalho que tinha pendente no sábado, tal como havia planeado, fui às compras, cozinhei... O trivial.

Já o dia de ontem foi dedicado à boa da preguiça que nos invade aos domingos. Eu e o A. acordámos tarde e depois fomos procurar um sítio para almoçar, acabámos por descobrir que um dos hotéis de quatro estrelas, aqui perto, serve brunch aos domingo e decidimos experimentar. Não foi mau... Mas também não foi nada de especial, que é como quem diz que não ficámos com fome, mas não anseio por voltar. Depois demos um passeio, apreciámos o mar, as gotas de chuva que começaram a cair e a companhia um do outro. O resto do dia foi passado no aconchego do sofá na companhia da Netflix. 

Já sinto saudades do fim-de-semana, vocês não? E como sei que às segundas-feiras precisamos de um brilho especial nas nossas vidas, decidi vir aqui partilhar convosco as fotos de um pôr-do-sol que tirei há umas duas ou três semanas atrás. 

Aqui fica. Espero que gostem...

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Que a vossa semana seja brilhante! 

20
Out18

As saudades que não tenho do facebook

C.S.

Deixei o facebook no final de 2017. Que bela decisão!

A verdade é que não senti qualquer vontade de lá voltar. Acho que o facebook se tornou tóxico. Continuo convicta de que tomei uma decisão acertada no que concerne a este tema. 

Mas apercebo-me agora que ao estar afastada da rede social que mais promove a má língua também estou afastada dos assuntos que geram polémicas, eu diria mesmo, parvas. Sejam sobre as crianças darem beijinhos ou não, seja sobre uma pessoa que nem chega a ser cantora pimba, a verdade é que estou bem a Leste. E como estou bem!...

Só chego a saber que estes temas estão em discussão, (vá-se lá saber porquê?!), por uma ou outra piada que surge no instagram ou twitter, mas nunca sei verdadeiramente a razão de andarem a agastar metade da população. E não imaginam como é bom não saber das parvoíces incompreensíveis da nossa sociedade... 

Que leveza, senhores, que leveza! 

 

(Imagem aqui)

19
Out18

Corrupção

C.S.

Corrupção (s.f.)

(latim corruptio-onisdeterioraçãoseduçãodepravação)

 

1. Ato ou efeito de corromper ou de se corromper.

2. [Antigo]  Deterioração física de uma substância ou de matéria orgânicapor apodrecimento ou oxidação (ex.: após vários meses no mara corrupção dos mantimentos era inevitável). = DECOMPOSIÇÃO, PUTREFAÇÃOPUTRESCÊNCIA

3. Alteração do estado ou das características originais de algo. = ADULTERAÇÃO

4. Comportamento desonestofraudulento ou ilegal que implica a troca de dinheirovalores ou serviços em proveito próprio (ex.: os suspeitos foram detidos sob alegação de corrupção e desvio de fundos).

5. [Figurado]  Degradação moral (ex.: corrupção de valores). = DEPRAVAÇÃOPERVERSÃO

 
In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, [consultado em 18-10-2018].
 

(Imagem aqui)

Se alguém me perguntasse eu diria que esta é a palavra que tem definido Portugal nos últimos anos. Pode ser uma afirmação injusta? Irrefletida? Pode, sem dúvida. Mas não deixa de ser aquilo que sinto e penso.
Tenho a sensação que 3 em cada 5 notícias, sobre o nosso país, visam este tema e não creio que seja algo dos nossos dias, mas talvez hoje se investigue mais e se tente expor mais os casos que ocorrem. Se assim for, ainda bem. Espero que continuem a fazê-lo. Mas têm de fazê-lo com mais ferocidade e, sobretudo, com mais pulso firme na hora de aplicar sentenças.
 
A corrupção existe. É feita com intenção e, julgo que quase sempre, para satisfazer interesses próprios. 
Quanto a mim, este tema espelha uma sociedade apodrecida, onde não se olha a meios para atingir fins. A corrupção é como uma praga que dizima valores e gente honesta. A corrupção escarnece de quem trabalha e se esforça para pagar as suas contas. Cospe em quem deveria ser reconhecido por mérito. Pisa quem se rege pela verdade e transparência. 
 
Infelizmente, muitos casos que são detetados não têm a devida punição e permite-se que se pague corrupção com penas suspensas e recurso a dinheiro. Dinheiro! Dinheiro que, ironia das ironias, é normalmente o fator que leva as pessoas a corromperem-se. 
 
Anseio pelo dia em que a palavra corrupção comece a ser esquecida e, por fim, caia totalmente em desuso. Quando é que esse dia chegará para Portugal?
 

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(Imagem aqui)

 
 

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