Perspectiva outonal
É tão poético o outono. Tão melancolicamente belo.
Prepara-nos para o Natal.
Lembra-nos que nada é eterno.
Lembra-nos o que jamais devíamos esquecer. Valorizar o que temos, mas sobretudo quem temos.
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É tão poético o outono. Tão melancolicamente belo.
Prepara-nos para o Natal.
Lembra-nos que nada é eterno.
Lembra-nos o que jamais devíamos esquecer. Valorizar o que temos, mas sobretudo quem temos.
Que importa todo o trabalho que tenho para fazer no fim de semana?
Que importa o cansaço acomulado?
Que importa que o corpo pessa férias?
Este fim-de-semana atiro tudo isso para traz das costas e deixo o Natal chegar a minha casa.
O A. vai ter o fim de semana de folga, (coisa raríssima!), e queremos aproveitá-lo bem. Decorar a casa, passear, namorar e fazer as primeiras compras de Natal. Um filme, uma manta quentinha e pipocas também serão bem-vindos.
Adoro esta época! Adoro! Acho que há magia no ar...
Bom dia!
Como estão desse lado? Espero que quentinhos. Por aqui chove (e que falta que faz!) e faz frio e tudo está certo, porque é assim que deve ser.
Dadas as condições climatéricas, achei que hoje era um bom dia para vos trazer aqui algumas peças que considero essenciais nos dias mais frios. E o que não pode mesmo faltar são botas e casacos. Concordam?
Venham descobrir os meus preferidos, até porque não tarda todos precisamos de inspiração para as compras de Natal.
Comecemos pelos casacos, trago-vos opções de três marcas: Morgan, Salsa e Massimo Dutti.
Já no que toca a botas, estou rendida às coleções destas marcas: Pikolinos, Cubanas e Dysfuncional. A Cubanas e a Dysfuncional são marcas nacionais, sabiam?
Sei bem que as marcas que vos trago aqui não são das mais acessíveis, mas julgo que no que toca a casacos e botas vale a pena investir em peças que durem, de boa qualidade. É a história do menos é mais: tenho menos peças, mas de maior qualidade.
Ah! E nota-se muito que eu gosto de andar confortável?
Quais são os vossos preferidos? Contem-me tudo.
Nota: Todas as imagens foram retiradas dos respetivos sites das marcas, aos quais podem aceder através do link que criei.
Aviso já, se querem culpar alguém por este post, falem com Nuno Markl, que ontem publicou no seu Instagram umas imagens da revista Bravo.
E aí a minha memória disparou, lançou-se num forte regresso ao passado e eu voltei a sentir-me com 13 anos.
(Imagem aqui)
(Imagem aqui)
Ainda se pagava em escudos e eu pedia dinheiro à minha mãe, (200 esc. - uma verdadeira fortuna!), para a Super Pop e para a Bravo. Porquê? Porque eu tinha uma forte crush por Leonardo DiCaprio e Nick Carter, dos Brackstreet Boys.
Era comum sonhar com o dia em que me casaria com o Leo, não sei bem em que universo alternativo as nossas vidas se cruzariam, mas pode ser que ainda aconteça... (Why not?)
Se anda por aqui alguém mais novo que eu, têm de entender que em 1998 ninguém tinha internet, muito menos telemóvel. Se queríamos ser stalkers fãs de uma celebridade e saber a vida toda dela, tínhamos de comprar revistas, até porque a Super Pop e a Bravo traziam sempre brindes inúteis giros (), mas mais que isso, traziam posters! Posters que serviam para nós colarmos na parede e ficarmos a babar enquanto olhávamos para eles. Sim, é verdade, apenas serviam para contemplar e decorar os nossos maravilhosos quartos. Entendam que não haviam apps e para além dos T.P.C., dos livros e dos filmes de domingo à tarde não havia muito mais a fazer.
Digam o que disserem, os anos 90 foram o máximo!
(Imagem aqui)
Com que frequência admito o erro?
Como lido com ele?
Como reajo?
E como reagem vocês? Como? Já se questionaram?
É muito bonita aquela frase que todos sabemos papaguear: "Errar é humano". Atiramo-la como quem pede desculpas pouco sentidas, porque só queremos acelerar a fundo e esquecer que somos falíveis.
O erro, quando temos coragem do enfrentar, pode transformar-nos. O problema é a incerteza dessa transformação. Queremos sempre que tudo o que nos acontece seja para melhor. Certo?
Ninguém troca para umas botas piores, um carro pior, uma casa pior, um emprego pior... Até nas nossas relações amorosas achamos sempre que estamos a escolher melhor. "A próxima é que vai ser..." Convencemo-nos. Porque a anterior foi um erro. Um erro!
Foi mesmo?
Se olharmos o erro de frente, sem medo, o que é que ele nos vai mostrar? A resposta é simples, mas dolorosa. Vai mostrar-nos exatamente o que passamos a vida a tentar esconder: que somos falíveis. Somos falíveis! Todos nós, sem exceção.
Eu erro
Tu erras
Ele erra
Nós erramos
Vós errais
Elas erram
Todos os dias, sem exceção. O erro faz parte da nossa existência, mas temos vergonha do admitir, por isso costumamos camuflá-lo, reprimi-lo ou ignorá-lo.
Ah... Se nós ousássemos. Se fossemos movidos a coragem...
Já pensaram onde poderiam chegar? Quem poderiam ser? Que fantasmas poderiam enfrentar?
Não é o erro que nos paralisa, é o nosso comportamento perante a sua presença. Por isso, decidi olhar para o erro. Analisá-lo. Descobrir a sua composição. Tal como Gedeão analisou a Lágrima.
Querem saber a que conclusão cheguei?
Não sei se querem... Mas não há volta a dar. Vieram até cá. Já sabiam onde isto vos poderia levar... Um erro?
Quem saberá?!
As conclusões não foram fáceis. Tive de ir ao fundo de mim. Regressar. Observar. Esperar.
Quase que hibernava. Quase que desistia...
Mas depois compreendi
38% de medo.
29% de cansaço.
16% de distração.
11% de decisão.
5% de impulso.
1% de intenção.
Mas 100% humano.
É nosso. Não há volta a dar.
É nosso. E é tempo do enfrentar.
Chega de consentir que ele nos paralise.
Chega de permitir que nos envergonhe.
Chega de deixar que nos diminua.
Chega!
O erro é meu e assumo-o. Vou encará-lo. Expô-lo e excomungá-lo. Ultrapassá-lo.
E depois? Depois...
Respiro fundo.
Sorrio.
E vou...
Que outros erros hão de vir.
Mas eu já não sou prisioneira deles.
Já não me escondo.
O erro. Que vontade de rir.
O erro?
Afinal pode mesmo existir.
(Texto original que enviei a uma grande amiga minha, que é atriz, e que depois de adaptá-lo, deu origem à peça Erro, Berro, Barro, que esteve em cena no passado mês de maio na S.M.U.P., Cascais.)
Tenho 33 anos e a sorte de ter (ainda) poucas rugas. Mas tenho uma na testa bem acentuada.
Eu que sou uma pessoa bastante otimista devo concentrar naquele pedaço do meu rosto, entre as sobrancelhas, todas as minhas preocupações. Mas não faz mal. Já a aceitei. É minha.
Começo a compreender que é bom termos marcas do tempo que passa por nós, porque afinal nós somos passageiros e quanto mais o tempo passa por nós, mais nós ganhamos. Isso mesmo, leram bem, ganhamos. Não andamos cá a perder a juventude, andamos cá a ganhar identidade, experiências e sonhos.
Não se deixem enganar. Quem menos teme o tempo, melhor o aproveita. Parece-me claro agora.
Querem um conselho?
Em caso de dúvida, façam sempre o que vos apetecer.
Boa semana!
As folhas não morrem
Lançam-se de forma poética
Para novas paragens.
Troveja lá fora e faz frio. E eu apercebo-me que tinha saudades de um outono a sério. Só tenho pena do pouco tempo que tenho tido para o apreciar.
Sim, que o outono requer tempo e uma caneca de café quentinho. Requer mantas e livros, mas também passeios a pé, sem destino certo e o frio a colar-se-nos à cara.
Quando vivia em Évora adorava passear pelas ruas nesta altura do ano, sozinha, percorria ruas e ruelas e visitava as lojas do comércio local a pensar já nas prendas de Natal. Gostava de ver a noite cair, sentir a temperatura a descer e o cheiro das castanhas assadas a invadir-me mesmo que eu não quisesse. Eram tranquilas estas tarde e onde eu passava mais tempo era na livraria Nazaré, perdida entre os livros e, antes de regressar a casa, ainda visitava o Templo Romano, só para passar por ele e certificar-me de que tudo estava certo.
Tem graça como, por vezes e sem esperarmos, as coisas se tornam evidentes. Apercebo-me agora que não é só o tempo que me falta. Falta-me também uma cidade que tenha o encanto certo para um agradável passeio de outono. Portimão tem alguns atributos, mas não é uma cidade pitoresca. Longe disso. É incrível, na verdade. Vivo nesta cidade há cinco anos, já fiz alguns amigos aqui, tenho locais que visito com frequência e, ainda assim, apercebo-me que gosto pouco deste local. Faltam-lhe árvores e sobram-lhe prédios e mais prédios. Existe nesta urbe uma total desordenação e a beleza do mar não chega para esconder todos os seus defeitos. E no outono ainda menos...
(Imagem aqui)
A nossa casa deve ser dos locais onde nos sentimos mais seguros, mais confortáveis e onde o nosso comportamento deve ser o mais natural. Não sei qual a vossa opinião, mas eu julgo que a decoração de uma casa contribui em muito para isto, pois reflete quem somos.
Hoje em dia existem imensas pessoas que são apologistas e praticantes do minimalismo e eu compreendo esse movimento e gosto dos seus princípios. Por exemplo, para mim não faz sentido ter coisas em casa que não usamos, como loiça, toalhas de mesa, etc. Mas no que toca à decoração não sei se a minha casa é minimalista, porque eu tenho objetos cuja única função é lembrar-me de um local onde estive ou de um momento que vivi. Resumindo: têm a função de me fazer feliz.
Quando recebo pessoas, pela primeira vez, é comum dizerem-me que a decoração da casa é minha cara e este comentário deixa-me feliz, porque significa que consegui tornar uma casa que estou a pagar ao banco em minha. Tornou-se pessoal. Especial. É a minha casa e a casa do A., sem dúvida. E ainda que possam dizer que é a minha cara, também tem muito do A. nela, todos os móveis foram escolhidos pelos dois, não fazia sentido ser de outra forma, já a paleta de cores pode ter partido mais de mim, mas há toques que são só dele.
Um dia destes, sabendo do fascínio que eu tenho por luzinhas, decidiu incorporar na estante dos livros umas luzes que tínhamos guardadas e que ainda não havíamos decidido onde colocá-las. E ficaram perfeitas.
A nossa casa, que já temos há quatro anos, está mais nossa que nunca. Tem móveis de linhas modernas e aqui e ali tem objetos de decoração vintage. Tem souvenirs que compramos quando estamos de férias e algumas fotos, tem luzes e luzinhas e velas e no inverno tem sempre mantas no sofá...
Ainda não está completa, tal como a nossa história, vai-se completando aos poucos e ficando cada vez melhor.
E a vossa casa? O que diz de vocês?
Hoje o Miguel Araújo foi às manhãs da rádio Comercial estrear a sua música nova e tentar pôr o país a dançar. Sem vergonha. Sem preconceitos. Sem autocríticas destrutivas.
Eu gosto muito das músicas do Miguel. As suas letras cheias de conteúdo cativam-me sempre. E esta não foi exceção. Até porque identifico-me imenso com a mensagem da canção.
Quem me dera poder ir aos anos 90 e mostrá-la à miúda que fui. Dizer-lhe "ouve com atenção, não te julgues tanto, não te acanhes, nem tenhas medo". Podia ser que a miúda não se sentisse um bicho tão raro e solitário durante a adolescência. Ou então não faria diferença nenhuma, que os adolescentes são uma espécie muito difícil de compreender, pior que as mulheres. Nunca saberemos...
Porém, compreendo hoje que uma das enormes vantagens de que o tempo passe por nós é relativizar. Entender que há preocupações muito maiores do que a nossa forma desengonçada de dançar. E por isso não faz sentido deixar de fazer algo que gostamos ou que nos apetece fazer apenas porque temos vergonha ou porque achamos que os outros nos vão julgar. Não! Chega de dizer que não somos capazes, que não temos jeito ou que não é para nós. É, se quisermos.
Não vamos virar experts, mas seremos pessoas mais divertidas e felizes.
Crescer é livrarmo-nos das amarras da nossa consciência. E é tão libertador!
Como se ninguém nos visse...
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