3 coisas sobre as quais vos queria ter falado em 2019
1. Viagem a Marraquexe
Fui a Marraquexe em abril e nunca vos falei convenientemente dessa viagem. É uma cidade que aconselho a todos, sobretudo, aqueles que, tal como acontecia comigo, ainda não tenham saído da Europa. É um destino que está aqui tão próximo, mas que culturalmente é tão diferente do nosso.
Marraquexe é cor, é calor, é confusão, mas também tranquilidade. Encontramos um contraste muito grande entre as ruas cheias de comércio e gente e os jardins, que parecem retiros.
Há coisas que vi em Marraquexe e que jamais esquecerei: as cores; a diversidade cultural das pessoas que por lá passeiam; o trânsito meio caótico; o sumo de laranja; uma bicicleta carregada de cabeças de carneiro a pingarem sangue; um grupo de senhoras a almoçar de cócoras no meio da rua (comiam à mão os seus couscous); um mercado de frutas e legumes às portas da Medina onde a fruta cheirava deliciosamente; as chamadas para a oração (que se ouvem por toda a cidade); a Jemaa el Fna, onde me senti desconfortável com as cobras e os macacos acorrentados, e por onde, provavelmente, terei passeado menos do que deveria; as compras, Marraquexe é uma cidade onde apetece gastar dinheiro e onde querem muito que vocês gastem dinheiro e, por isso, é preciso cuidado, sob pena de regressarem com muito mais do que aquilo que haviam planeado.
Se vale a pena? Vale. Muito.
2. O final de Game of Thrones
Game of Thrones continua a ser, para mim, a melhor série. Posto isto, devo dizer-vos que vivi a última temporada de forma muito intensa. Vi os seis episódios finais à hora que estreavam, ou seja, nas madrugadas de segunda, entre abril e maio. Se isto não é amor, não sei o que será, até porque segunda, às 9h, eu já tinha de estar numa sala de aulas a pregar às criancinhas.
Voltava a ver o episódio na segunda à noite, mais calma. Todos os episódios tiveram coisas de que gostei e o segundo foi mesmo o meu preferido, acho que nesse não mexia em nada.
Durante os seis episódios, emocionei-me, temi pela vida dos meus personagens preferidos, assustei-me e surpreendi-me e, no entanto, a 8ª temporada de Game of Thrones foi uma desilusão. Porque era uma grande história e uma história assim precisa de ser tratada com cuidado no final, não deveria ter incongruências, nem mesmo copos. Entristece-me, de certa forma, que a melhor série de todas tenha terminado de forma tão cinzenta, com tanta crítica negativa. E mesmo isso demonstrou a dimensão que esta história ganhou, se fosse apenas mais uma não teria gerado a onda de críticas de que foi alvo.
Eu custei a superar o fim, confesso. Não assinei nenhuma petição - a ideia pareceu-me bastante parva - mas andei uns meses em que não vi nada em concreto, parecia que estava ali um vazio. Provavelmente vocês também o sentiram... Não? Digam-me que sim, por favor.
Para quem se sentir nostálgico, fica aqui um vídeo.
3. O concerto de Ed Sheeran na Luz
No dia 1 de junho de 2019 eu estive na Luz com a minha irmã. Cantámos e dançámos muito. Fomos felizes. Assim que entrámos no estádio rapidamente esquecemos que escolhemos a pior porta para entrar, que esperámos mais de uma hora e meia, sob um sol abrasador, sem ser possível movermo-nos para a frente ou para trás, enquanto noutros pontos as pessoas entravam sem qualquer tipo de problema.
Lembro-me que Ed Sheeran começou o concerto obedecendo à sua pontualidade britânica e sozinho, com a sua guitarra, conseguiu deslumbrar cerca de 60000 pessoas. Foi extraordinário.
A tour Divide teve o poder de multiplicar a alegria de todos os que foram a este concerto. Sem dúvida, uma noite para recordar.
(Deixo-vos duas fotos que tirei com o meu telemóvel, não tenho muitas, porque eu prefiro passar os concertos a vivê-los realmente e não a gravá-los.)