5. Às quintas viajamos...
Bom dia, gente gira!
Preparados para mais uma viagem?
(Imagem aqui)
Vamos entrar no segundo mês de vida desta rubrica e já era altura de trazer um convidado do sexo masculino, não é verdade?
Tenho de vos confessar que ele tem um dos blogs que mais gosto de seguir, (ainda que não tenha tempo de o visitar todos os dias) , porque eu adoro fotografia e as que ele tira são sempre qualquer coisa de extraordinário.
Para além disso, alia o gosto pela fotografia ao gosto por viagens... já estão a adivinhar que vem aí uma viagem fantástica, certo? Daquelas que nos enchem de inveja e vontade de gritar a plenos pulmões: Eu também quero!
Já adivinharam quem é o convidado de hoje no Há mar em mim? É, claro está, o João Freitas Farinha - Fotografia. Querem um conselho? Se não conhecem blog dele visitem-no, tenho a certeza que vão adorar e não se irão arrepender.
É difícil escolher uma só viagem. Cada destino nos marca de alguma maneira, todas cidades têm a sua personalidade própria.
O primeiro impulso foi escrever sobre a Argentina. É a minha viagem mais recente e também a mais memorável. Pela variedade dos locais que visitei, as paisagens esmagadoras, a vida vibrante das cidades, e pela alegria contagiante das pessoas.
Mas talvez por lhe ter dedicado vários posts nos últimos meses, quis escolher outra. Que também foi uma experiência incrível.
Foi em Dezembro de 2010, que fiz a minha primeira grande viagem sem os meus pais. Eu e quatro amigos, rumo à América do Norte. Em duas semanas, visitámos Chicago, Detroit, Toronto, as Cataratas no Niagara, Boston e Nova Iorque. Numa viagem de carro em que percorremos mais de 2000 quilómetros.
Aconteceu de tudo, desde nevões a um tanque de gasolina quase vazio, quando estávamos perdidos no meio do nada. Mas sobretudo houve animação, diversão e o prazer da descoberta.
Surpreendeu-me a contagiante afabilidade e boa disposição insuperável dos americanos. Aconteceu várias vezes virem ter connosco a oferecer ajuda, enquanto olhávamos para mapas, meio perdidos. E muitas vezes levavam-nos aos próprios sítios, ou sugeriam alternativas mais acertadas. Ou fazerem poses cómicas quando estávamos a fotografar. Um americano até pode estar a ter um mau dia, mas a maioria, tem sempre tempo e ânimo para um sorriso e uma palavra simpática.
Dos destinos que escolhemos visitar, é impossível escolher um. Em todos vivemos experiências diferentes, todos valeram a pena, à sua maneira.
Chicago é uma cidade cosmopolita, vibrante e elegante. Uma loucura para qualquer amante de arquitectura. Chicago respira arte, cultura e qualidade de vida, com vários parques e um aproveitamento exemplar da relação privilegiada com o lago Michigan, com os canais que entram pela cidade.
Detroit era na altura, e ainda é, uma cidade a meio gás, depois da crise ter levado muitos dos postos de trabalho. Degradada, suja, com muito edifícios abandonados. Mas mesmo aí encontrámos muita vida, e uma vontade de prevalecer apesar das dificuldades, que espelha um sentimento muito americano. E foi também em Detroit que tivemos uma das experiências mais memoráveis da viagem, ao assistir a um incrível espectáculo de Jazz num pequeno bar da cidade.
Toronto é uma cidade muito simpática. Claramente mais tranquila que as grandes cidades americanas, mas também com muito para ver. Vive-se bem em Toronto, e isso é notório enquanto se vagueia pelas ruas.
As Cataratas do Niagara foram a única desilusão da viagem. Não sei bem o que esperava, mas não me impressionaram grandemente. O tempo também não ajudou, é certo. E o facto da cidade em volta ser uma espécie de mini Las Vegas menos ainda.
Boston talvez tenha sido a cidade que mais me surpreendeu. Sendo uma cidade marcadamente americana, nota-se uma grande influência europeia, na arquitectura. Mais uma vez, uma cidade muito agradável, com muitos parques e museus de qualidade. Com uma grande tradição académica, e por isso sempre cheia de jovens e animação.
E depois Nova Iorque... A cidade que não tem nada a ver com qualquer outra do mundo. Porque tem o mundo todo dentro de si. Todos já visitámos Nova Iorque, em inúmeros filmes e séries de televisão. E sim, aquela cidade é isso tudo. Mas é também muito mais. Tem uma energia muito própria, electrizante. A arquitectura, a oferta cultural e artística, a vida nas ruas, é tudo em grande. É tudo numa escala que nos faz sentir pequenos, mas ao mesmo tempo, que pertencemos ali.
Muito mais havia para contar desta viagem. Mas o post já vai longo, e é altura de devolver o blog à C.S.
Obrigado pelo convite!
Digam-me lá que isto não é maravilhoso? Que contente que estou por ter iniciado este projeto aqui no blog, todas as quintas feiras vou a um lugar diferente e conheço um pouco mais de cada um dos que por aqui vão passando
Obrigada ao João, por esta maravilhosa viagem. Acho que todos já pensámos em ir um dia aos Estados Unidos, eu sonho e, sobretudo, com uma ida a Nova Iorque. Um dia não me escapa...