A nossa casa
A nossa casa deve ser dos locais onde nos sentimos mais seguros, mais confortáveis e onde o nosso comportamento deve ser o mais natural. Não sei qual a vossa opinião, mas eu julgo que a decoração de uma casa contribui em muito para isto, pois reflete quem somos.
Hoje em dia existem imensas pessoas que são apologistas e praticantes do minimalismo e eu compreendo esse movimento e gosto dos seus princípios. Por exemplo, para mim não faz sentido ter coisas em casa que não usamos, como loiça, toalhas de mesa, etc. Mas no que toca à decoração não sei se a minha casa é minimalista, porque eu tenho objetos cuja única função é lembrar-me de um local onde estive ou de um momento que vivi. Resumindo: têm a função de me fazer feliz.
Quando recebo pessoas, pela primeira vez, é comum dizerem-me que a decoração da casa é minha cara e este comentário deixa-me feliz, porque significa que consegui tornar uma casa que estou a pagar ao banco em minha. Tornou-se pessoal. Especial. É a minha casa e a casa do A., sem dúvida. E ainda que possam dizer que é a minha cara, também tem muito do A. nela, todos os móveis foram escolhidos pelos dois, não fazia sentido ser de outra forma, já a paleta de cores pode ter partido mais de mim, mas há toques que são só dele.
Um dia destes, sabendo do fascínio que eu tenho por luzinhas, decidiu incorporar na estante dos livros umas luzes que tínhamos guardadas e que ainda não havíamos decidido onde colocá-las. E ficaram perfeitas.
A nossa casa, que já temos há quatro anos, está mais nossa que nunca. Tem móveis de linhas modernas e aqui e ali tem objetos de decoração vintage. Tem souvenirs que compramos quando estamos de férias e algumas fotos, tem luzes e luzinhas e velas e no inverno tem sempre mantas no sofá...
Ainda não está completa, tal como a nossa história, vai-se completando aos poucos e ficando cada vez melhor.
E a vossa casa? O que diz de vocês?