Antes do amanhecer/pôr-do-sol/meia-noite
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Quando saiu Antes da Meia-noite ouvi falar desta trilogia pela primeira vez. Fui investigar e constatei que o primeiro filme era de 1995, o segundo de 2004 e o terceiro e último de 2013. Três filmes. Dois atores. Três países europeus como cenário.
Fiquei curiosa e no passado fim de semana quis ver o primeiro. O que é que sucedeu?
Sucedeu que eu estava sozinha em casa e quando terminei de ver o primeiro filme apoderou-se de mim o mesmo impulso que me assola com alguns livros, o impulso de "Eu tenho e preciso de saber como é que isto acaba!".
Conclusão: vi a trilogia de uma assentada. E adorei...
O que é que estes filmes têm de especial? Diálogos envolventes e dois atores que nos cativam. É que não há nada mais. O guarda-roupa é sempre o mesmo, ao longo de cada um dos filmes e mesmo os cenários (Viena, Paris e Grécia), ainda que pudessem ser usados para nos distrair da ação principal, não o são, passando um pouco para segundo plano, facto que nos deixa inteiramente livres para absorver a história de Jess e Céline.
Então sobre o que tratam os filmes?
Amor. Descoberta do eu e do outro. Relações. Convicções. Sonhos. Fantasmas passados. Desgostos. Inseguranças. Confiança. Saber arriscar. A verdade é que trata um pouco sobre tudo e sobre nada, porque a vida é mesmo assim, uma constante busca de sentido.
Jess e Céline, o casal que nos envolve na sua história de amor, leva-nos, no primeiro filme, ao amor mais arrebatador, à descoberta e aventura. À paixão. O filme termina e eles deixam-nos completamente rendidos, tal como eles estavam um pelo outro.
No segundo, que talvez seja mesmo o mais romântico dos três, compreendemos como uma pessoa pode afetar a outra durante anos, mesmo que não se voltem a ver. Há neste filme um consolidar de sentimentos, a confirmação de que, independentemente do resto, devem permanecer juntos, porque não se conseguem separar mais. Há o chocar com a realidade e com os "se's" da vida.
Já no terceiro, vemos os protagonistas enquanto casal, com filhos e mais maduros, colocando a idealização do amor num plano muito mais terreno, dizendo-nos que o amor perfeito não existe, que qualquer casal, por mais apaixonado que esteja, terá os seus problemas, os seus desafios e a questão central será se são capazes de os resolver juntos ou não.
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