Constatações (tristes)
O ano passado, por esta altura, eu e o A. já tinhamos feito uma viagem e duas escapadinhas e havia uma terceira que já andava a ser cozinhada.
Este ano ainda não saímos de casa, (não contam as idas para o trabalho, sim?), e cada vez tenho mais dúvidas se o iremos fazer. O dinheiro não abunda para estes lados e há mil e um sítios onde eu gostava de ir. Não há um único dia em que eu não sonhe ir a um sítio diferente. Cada um mais longe que o outro.
Gostava de já ter um plano traçado, uma viagem delineada, mas estou a ver que isto não passará da fantasia. Até porque as minha próximas férias serão em plena época alta. (Não tenho alternativa.)
O A. aprendeu a gostar de viajar. Aprendeu comigo, arrisco-me a dizê-lo.
Eu diria mesmo que antes de mim ele detestava viajar, acho que só a palavra em si o metia mal disposto. Mas agora gosta, gosta muito e desfruta cada vez mais dos momentos e peripécias que uma viagem nos proporciona. No entanto, nunca é ele a querer planear seja que saída for. Sou eu quem vai vendo voos, hotéis e preços e constatando que se calhar teremos de ficar em terra.
Esta é uma angústia minha, não dele. Creio que se lhe dissesse já que as férias vão ser passadas por aqui a reação dele não seria de grande tristeza. Já a minha...
(Imagem aqui)