Esta sociedade em que vivemos
Arrisco-me a afirmar que a humanidade está mais desenvolvida que nunca, em todas as áreas: ciência, tecnologia, medicina... Temos tudo mais avançado e acessível que há 10, 20, 50, 100 anos atrás. Mas somos humanos e nunca estamos satisfeitos.
A esperança média de vida não para de aumentar, mas deixámos de beber leite, porque nos pode matar e só os humanos bebem leite depois de adultos, fazemos mil e uma dietas, para vivermos mais tempo, gastamos rios de dinheiro em cremes da moda, para que não vejam os sinais do tempo a passar por nós e questionamos os avanços alcançados, porque temos de duvidar sempre de alguém ou de alguma coisa.
Uma miúda morreu com sarampo. Uma miúda morreu porque contraiu sarampo e não estava vacinada. Uma miúda, com apenas dezassete anos, morreu porque atrás do sarampo veio uma terrível pneumonia.
E nada disto faz sentido. Os pais desta miúda, que eram anti vacinação, devem estar devastados, arrastando consigo uma culpa enorme, insuportável e destruidora.
O sarampo, que eu pensava estar erradicado, voltou. Ceifou uma vida. Afinal as doenças só estão controladas enquanto adotamos comportamentos preventivos.
Uma miúda de dezassete anos morreu devido a sarampo e nada disto faz sentido em pleno ano de 2017, numa Europa que se diz desenvolvida e que todos os dias fecha os olhos aos milhares de pessoas que lhe pedem ajuda.
(Imagem aqui)