Marrocos, o primeiro país Islâmico a proibir a burqa
Li este fim-de-semana, (aqui: http://expresso.sapo.pt/internacional/2017-01-14-A-proibicao-da-burqa), que Marrocos proibiu oficialmente o uso e comercialização da burqa. Esta notícia tem ainda mais impacto por se tratar de um país Islâmico e que vê no uso da burqa uma oportunidade para o crime crescer, já que, dadas as características da indumentária, é impossível saber quem está debaixo de tal traje.
Eu fiquei feliz com esta notícia porque considero ser um passo importante. Acho o uso da burqa uma verdadeira afronta aos direitos da mulher. Por muito que se diga que a mulher até pode estar de acordo com o uso desta vestimenta, por questões religiosas ou tradicionais, a verdade é que eu não consigo deixar de pensar que esta foi apenas mais uma forma que o homem inventou para subjugar a mulher. Desconfio que não há nenhuma forma divina, (Deus, Alá, Shiva…o que for), a exigir que a mulher saia à rua completamente irreconhecível, apagada de qualquer identidade. Acredito, também, que se alguma mulher julga que concorda com estes princípios o faz por medo. Medo de enfrentar o marido, o pai, as regras da sua sociedade.
Algo que me surpreendeu ainda na notícia do Expresso (pois era um dado que eu desconhecia totalmente), foi descobrir que nos anos 60 e 70, em países como o Irão e o Afeganistão, as mulheres vestiam-se com liberdade, ou seja, podiam usar biquíni, minissaia, vestidos e tudo aquilo que lhes aprouvesse, até podiam andar com os cabelos ao vento. Ora, se assim era, o que mudou? O que mudou foi a ascensão dos fundamentalistas islâmicos, que entre muitas outras coisas horríveis, voltaram a aprisionar os direitos das mulheres, guardando-lhes um papel completamente submisso.
Há dias em que é difícil acreditar que o mundo pode melhorar, basta olhar à nossa volta, ver as notícias na tv ou ler as gordas de um qualquer jornal, vivemos tempos controversos, onde o ódio parece ganhar terreno, mas depois acontece algo que nos faz manter a esperança. Eu vou acreditando. Continuo a acreditar que a humanidade conseguirá sobrepor o bem ao mal, parece um pensamento muito infantil, mas temos de nos agarrar a ele, pois no fim de contas tudo se resume entre o bem e o mal, o certo e o errado.