Revenge of the 90's - a minha experiência
Na passada sexta-feira, apesar do cansaço acumulado de uma louca e longa semana de trabalho, fui a uma Revenge of the 90's. Foi em Évora e foi inesquecível. E hoje vou explicar-vos o porquê.
E afinal o que é uma Revenge? É uma festa, sim, mas também é muito mais que isso.
Eu já tinha ouvido falar destas festas, cuja localização só é revelada no próprio dia e apenas a quem tem bilhete para entrar. Posso dizer-vos que ia com as expectativas altas, afinal os anos 90 foram o palco da minha infância e de parte da minha adolescência e, como todos sabemos, essa é uma época da nossa vida que não esquecemos.
Nos anos 90 não havia preocupação com a alimentação, apareceram novos canais televisivos em Portugal, deu-se um boom de boys e girls bands, foi a época em que o casaco de ganga foi rei, bem como as cores florescentes e o estilo grunge. O Dragon Ball, o Big Show Sic, o Titanic, o anúncio da Telecel, os 6-3 do Benfica ao Sporting, os Tamagotchis que estavam sempre a morrer, os Nirvana, os Pearl Jam, os Oasis, o Super Mario, o Tetris, as VHS, os Walkmans... Quem não se lembra?
Pois bem, o Revenge of the 90's conduz-nos às profundezas da nossa memória, é uma experiência sensorial, pois leva-nos a sentir, a ver, a ouvir, a saborear e a cheirar novamente os anos 90 e traz-nos coisas que julgávamos para sempre perdidas no tempo, como é o caso das PetaZetas ou dos PegaMonstros.
E até eu que nem sou de grandes festas e que estava de rastos à hora a que saí do meu local de trabalho, dancei até depois das 05:00h.
Dancei, saltei, cantei a plenos pulmões, emocionei-me e voltei a sentir-me feliz quando coloquei PetaZetas na boca e elas começaram a saltar descontroladamente. Na sexta-feira à noite e na madrugada de sábado a C.S. voltou a ter 4, 6, 12...anos consoante as músicas que tocavam, as imagens que me mostravam e os brindes que me davam. E foi bom, foi muito bom!...
Eu costumo dizer que sou saudosista, ainda que não viva presa ao passado. Mas é comum ter noção de que há certos momentos que são únicos e que jamais podem ser revisitados. Felizmente, a equipa que leva o Revenge pelo país permitiu-me voltar a viver alguns desses momentos. Estou-lhes grata por isso.
Deixo-vos uma foto com os brindes que nos deram ao longo noite:
Ah! Se pensarem em ir a uma festa destas, por favor, entrem no espírito e vistam-se a rigor, foi o que eu fiz e ajudou ainda mais a entrar no ambiente. Infelizmente, em Évora, nem toda a gente pensou da mesma forma e havia gente que parecia ter saído de um batizado.