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há mar em mim

20
Jan20

Qual é o segredo?

C.S.

Ontem publiquei na minha conta de instagram exatamente as mesmas linhas que publiquei aqui. E alguém me fez a pergunta que eu também já fiz tantas vezes: Qual é o segredo?.

Eu tentei responder da forma mais honesta possível, ainda assim, não fiquei contente. E aqui estou, porque o blog permite-me dar uma resposta mais extensa.

 

Afinal, qual é o segredo para se conseguir perder 20kg? 

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A verdade é que não há segredo. Não há fórmulas mágicas. Não há truques. Lamento mas é a mais pura verdade. Vou-vos dizer o que o meu treinador do ginásio me disse: É simples. Difícil, mas simples. Para perder peso temos que queimar mais calorias do que aquelas que consumimos. 

Antes de iniciar a dieta eu já treinava, de forma regular, há cerca de um ano, e nesse ano não perdi peso nenhum. Zero. Porquê? Porque eu comia normalmente. E normalmente para mim era só comer porcarias? Não, longe disso, até porque eu já tinha tentado algumas dietas e já tinha consciência de que devia preferir leite magro ao meio gordo, por exemplo. Já sabia que o pão escuro é mais interessante a nível nutricional que o pão branco. Raramente comia fritos e nunca bebia sumos ou refrigerantes. 

E não emagrecia. Porquê? Em primeiro lugar porque o meu metabolismo era suuuper lento. E depois porque consumia muitos mais hidratos de carbono do que aqueles que preciso (pão, massa, arroz, batata...). 

 

Então o que é que eu fiz para começar a perder peso? 

Cheguei a um peso com o qual não me identificava-me minamente e com o qual não estava confortável. Compreendi que tinha de mudar. Que era urgente fazê-lo. Deixei de fazer pesquisas na internet e de ler sobre as mais variadas dietas. Tinha de agir. 

E assim foi. Parei de me lamentar e decidi que tinha de por um ponto final nisto. Procurei uma nutricionista, que me foi recomendada por algumas pessoas que conheço e em quem confio. Conversei com ela, contei-lhe a minha história e como cheguei àquele peso. Traçámos um plano adequado a mim, com o qual me comprometi a 100%. 

Isto foi antes da minha viagem a Marraquexe. Combinámos que após a viagem voltaria lá e daria início à minha mudança. Dito e feito. 

Se custou? Claro que custou. Os primeiros dias são os piores, é verdade, mas depois habituamo-nos e começamos a sentir-nos bem. Começamos a gostar mais do espelho.

Óbvio que durante todo o percurso há sempre dias em que nos apetece muito comer. Comer um pastel de nata. Comer uma empada. Comer uma pizza. E o segredo, aqui, é falarem com a pessoa que vos está a acompanhar. Não guardem as angustias para vocês. Digam o que sentem. Contem-lhe o que vos apetece. De certeza que do outro lado vos darão uma solução. Faz toda a diferença.

E garantam que a(s) pessoa(s) que partilha o dia a dia convosco está 100% dedicada em ajudar-vos. É essencial. Ter quem vos mime e diga que são capazes. Ter alguém que acredita em nós, porque há momentos em que achamos que não somos capazes. Mas somos, claro que somos. E devemos ter alguém que nos lembre disto.

Eu sou uma sortuda. Tenho um super marido. Sempre presente e incansável. 

 

Inicialmente eu queria perder 15kg. Foi o peso que eu e a minha nutricionista achámos ser realista. Depois cheguei aos -15kg e naturalmente continuei o meu percurso, até atingir os -20kg, que é onde me encontro hoje. Se quero ficar por aqui? Não, porque ainda não estou onde quero. Mas estou tranquila. Estou orgulhosa de mim mesma e ciente daquilo que consegui. Isto tem sido um processo de aprendizagem. E descobri que as dietas não dão resultados a todas as pessoas porque todos somos diferentes e cada corpo tem necessidades diferentes, daí a importância de estarmos acompanhados de alguém que estudou para saber como é que isto funciona. Temos de confiar em quem é profissional e menos no Google ou nas redes sociais ou na vizinha... Temos de confiar em nós, também. Sempre. 

 

E o exercício? Continuei a fazer, naturalmente passei de duas vezes por semana para três e só vos posso dizer que gosto cada vez mais de treinar, porque me sinto cada vez melhor e tenho consciência que agora faço tanto que antes não era capaz. Gosto de vir amassada para casa. Essencialmente, gosto da sensação de estar a superar-me. 

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O post ficou enorme, mas tinha de vir aqui dizer-vos que o segredo é querer mudar e trabalhar muito para que isso aconteça. É deixar as calças 48 e passar para umas 42 com o nosso esforço.

O segredo somos nós próprios. 

 

30
Jan19

O que queres fazer?

C.S.

O que queres fazer?

 

É terrível esta pergunta.

Assustou-me no 9º ano, quando eu tinha 14 anos e tive de tomar uma decisão para o futuro. Na altura eu sabia duas coisas: que queria que o Benfica fosse sempre campeão e que as únicas aulas que me entusiasmavam verdadeiramente eram as de Português. Dessem-me textos para ler e temas para escrever e eu era uma adolescente feliz.

 

Fantasiava com o amor. Era romântica e nostálgica e sonhava com uma vida melhor. Os livros eram o meu aeroporto, numa altura em que eu ainda não fazia a mínima ideia do aspeto de um. Ninguém me ajudou na decisão, naquele ano de 2001. Porquê? Porque na minha família impera a baixa escolaridade, (os meus avós, maternos e paternos, foram toda a vida analfabetos, por exemplo.), e a minha mãe ouvia-me mas, compreendo hoje, não estava minimamente dentro do sistema de ensino e não tínhamos consciência lá em casa do peso da decisão que eu ia tomar. Sorte a minha, nunca poderia ter sido outra. As humanidades eram o que me apaixonava e os testes psicotécnicos evidenciaram isso mesmo.

 

Fiz o secundário com poucos percalços, mas um deles foi compreender tardiamente que as notas do secundário seriam o meu bilhete de acesso ao ensino superior. Por esta altura comecei a achar que queria uma vida de jornalista, (como não desejar ganhar a vida a escrever?!), ao mesmo tempo em que me rendia à fotografia, ainda que não tivesse qualquer equipamento, fascinava-me o facto de poder conservar para sempre um instante. 

 

Sonhava em viver perto do mar ou mudar-me para o Porto com a minha melhor amiga, onde dividiríamos casa e seriamos universitárias empenhadas.

 

Acontece que nada disto aconteceu. 

 

Por um infeliz acaso eu fiquei mais um ano na secundária e os meus amigos foram às suas vidas. A minha melhor amiga não foi para o Porto, nem para Lisboa, que era a sua segunda opção. Ficou em Évora. E eu? 

 

Eu senti-me meio abandonada durante uns tempos. Depois arregacei as mangas e fiz o que tinha a fazer. Trabalhei durante o verão. Fiz 18 anos e recebi o meu primeiro ordenado no mesmo dia. Entrei no 12º outra vez. Nunca tinha repetido um ano e foi estraníssimo. Saí do grupo de teatro porque já não era a mesma coisa, pois faltavam-me as minhas pessoas, mas melhorei algumas notas e concluí a que havia para concluir. Tirei a carta. E fui pensando no futuro. A professora de Português dizia-me para ler Cartas a Um Jovem Poeta, de Rilke, com o intuito de me inspirar, enquanto a professora de Psicologia me falava de um novo curso na Universidade do Algarve. Também me disse que a língua espanhola era a próxima língua a entrar em força nas escolas. 

 

E eu ponderava. Ponderei até ao último momento. Até não poder mais mesmo. E sem certezas de nada, sem exemplos próximos, tive medo de colocar os meus pais numa situação económica delicada e decidi-me pelo curso que me daria a oportunidade de ficar em casa - Línguas, Literaturas e Culturas - Estudos Portugueses e Espanhóis. 

 

Nunca sonhei ser professora, mas foi no que me tornei. A minha profissão já me deu muitos momentos felizes. E no entanto, não sei se é o que quero ser a vida toda. E este assunto é como uma dorzinha chata. Não mata, mas mói. 

 

Talvez seja só o cansaço a falar. Talvez estas palavras sejam motivadas pela quantidade insana de trabalho que tenho enfrentado ultimamente, (este ano tenho mais de 150 alunos!), mas a verdade é que estou cansada. A segunda verdade é que ainda existe em mim o sonho infantil de viver de e para as palavras. O que é uma grande idiotice, eu sei. E sim, sei como é difícil arranjar emprego hoje em dia e sei que não tenho experiência em mais nada que valha a pena para além do ensino. Eu sei tudo isso. E contudo... 

 

O que queres fazer?

 

Ainda é uma pergunta que me assusta. 

(Imagem aqui)

22
Mar18

Osteopatia (a minha experiência)

C.S.

Aos 25 anos tive um acidente de carro. 

Era época de Páscoa. 

Eu vivia em Évora, estava a terminar o mestrado e a estagiar, e o A. vivia no Algarve, na pontinha encostada a Espanha, onde trabalhava.

Ia visitá-lo, passar um fim-de-semana grande, recarregar baterias. 

Mas acontece que uma árvore se intrometeu nos meus planos. Tinha chovido e o piso estava oleado. 

Choque frontal. Ferida ligeira.

O carro ficou pior. 

 

Acontece que desde este episódio comecei a ter queixas. As costas doíam-me. E ainda que não fossem dores muito fortes, eram incomodativas e continuas. 

Durante muito tempo não soube bem o que fazer. Fui a alguns médicos que me receitaram comprimidos e pomadas, mas que de nada adiantaram.

Há uns quatro anos fiz pesquisa. O google é fantástico. Descobri a osteopatia.

Marquei consulta para uma osteopata e foi amor à primeira consulta.

É incrível a forma como ela conhece o corpo humano e a capacidade que tem para manipulá-lo. 

A dores desapareceram. Voltam de forma muito pontual.

Visito a minha osteopata, em média, duas vezes por ano e é suficiente. 

Ir a uma consulta de osteopatia tem de ser um voto de confiança. 

Confiança na pessoa que vai trabalhar o vosso corpo. Por isso, aconselho a que procurem um excelente profissional. Foi o que eu fiz. E em termos de saúde é bem capaz de ter sido das decisões mais inteligentes que tomei até aos dias de hoje. 

Ontem fui a uma consulta. Hoje sinto-me renovada. 

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(Imagem aqui)

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