6. Às quintas viajamos...
Bom dia!!!
Sem demoras, vamos a mais uma viagem. Quem nos guia hoje pelos caminhos da sua adolescência é a simpatiquíssima miss queer, do blog Dez Segundos . (Se não conhecem, façam o favor de visitar. É lá que ela partilha connosco histórias e peripécias dos momentos que compõem a sua vida e daqueles que a rodeiam).
(Imagem aqui)
Bom dia!
Obrigada, C.S. pelo convite para participar nesta rubrica.
Estive indecisa entre falar-vos sobre a minha viagem a Salou, antes daquilo virar destino de viagens de finalistas; a minha viagem à Madeira, mas já muitas de vocês conhecem; a minha viagem a Leiria, na altura da queima das fitas (apanhei a maior bebedeira da minha vida)… mas a escolha recaiu mesmo sobre a minha viagem de finalistas!
Para contextualizar, fiz o 12.º ano num colégio, sendo nós a única turma de 12.º. O colégio pertence a uma empresa que tem agências de viagens. O diretor do colégio, algum tempo antes, veio ter connosco e perguntou-nos quais os nossos destinos preferidos, para que pudesse tratar da viagem. A realidade é que chegámos à semana que antecedia a viagem e o senhor não tinha tratado de nada.
Nós, doze jovens muito proativos, pusemos o cérebro a funcionar e decidimos tratar do assunto.
Destino: Armação de Pêra! Alugámos a casa a um professor do colégio, enfiámo-nos no expresso e lá fomos, durante sete dias.
Chegados a Armação de Pêra, fizemos pares (à sorte) e dividimos tarefas. Todos cozinhámos, todos limpámos, todos fomos às compras.
Havia dois quartos e uma sala. O quarto de casal ficou para o único casal existente na turma. O outro quarto, com duas camas individuais, ficou para as meninas (5) e os meninos ficaram a dormir na sala. Bem, o G. chegou a vir dormir connosco nas camas. Ficávamos a conversar, a jogar verdade ou consequência, alguém adormecia a meio de uma conversa… E de repente acordava e continuava a falar como se nada tivesse acontecido. Tive pessoas a dormirem abraçadas aos meus pés! Durante esses dias, fizemos fondue de frutas e bolachinhas, comemos sempre bem. Íamos passear à noite (simplesmente vaguear pelas ruas), fomos a bares, fomos aos Zoomarine…
Mas claro, tinha de haver uma peripécia. Uma noite, fizemos um panelão de sangria, pegámos em copos e fomos para a praia. Divertimo-nos, até que o G. e a M. (uma das minhas melhores amigas) se afastam para ir conversar. A A. e a MA também se afastaram para ir conversar. Eu e o P. mandámos os outros para casa e fomos lá para cima, esperar pelos que tinham ficado a conversar. Estávamos a conversar, quando nos aparece um homem bêbado, com uma seringa e uma garrafa partida na mão, a ameaçar-nos. Nós não tínhamos nada para lhe dar… Mas o nosso medo maior foi quando o vemos descer as escadas, para onde estava o G. e a M.! Felizmente, eles tinham-nos ouvido e fugido e foram avisar as outras meninas.
Quando oiço falar nestas viagens de finalistas, em que há muitas confusões, lembro-me sempre da minha. Pode ter sido num sítio mais «fraco», mas foi muito mais rica emocionalmente. Tivemos discussões, ponderámos vir embora mais cedo, mas resistimos! E não precisámos beber até cair para o lado, partir coisas ou seja o que for.
(Imagem aqui)
Que tal? Tenho cá um feeling que o destino de hoje é daqueles onde toda a minha gente já colocou o pezinho, não? (Mas não deve ter sido no mês de agosto, porque nessa altura a malta já reservou a área toda há mais de três meses através da colocação de chapéus de sol e toalhas. )
Beijinhos e voltem sempre, tá?