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há mar em mim

03
Out18

A ilha de Fuerteventura

C.S.

Em julho estive oito dias nas Canárias, na ilha de Fuerteventura. Sim, é verdade, este ano voltei às Canárias. Porquê? Simples. Conseguem-se fazer umas boas férias sem pagar preços exorbitantes neste cantinho do mundo, as praias são lindas e variadas, (praias de areia branca, praias vulcânicas, praias com pedrinhas brancas que parecem pipocas, praias com esquilos...), não há aglomerado de turistas e temos tempo para desfrutar da ilha, sem stress, que é palavra que não se quer associada a uma férias. 

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A ilha de Fuerteventura, na minha opinião, encontra-se em estado mais selvagem que a ilha de Lanzarote, (que visitei em 2017). Lanzarote tem um plano de ordenação, uma série de regras que têm de ser cumpridas para conservar a ilha tal como está, facto que a torna mais bonita aos olhos. No entanto, em Fuerteventura é mais autêntica! Tem ainda muitas estradas que não têm asfalto, tem um bairro de caravanas clandestino, no norte da ilha, onde vi crianças a correr atrás de uma bola, descalças, genuinamente felizes. Tem praias que não estão nas rotas turísticas e que só indo à sorte é que nos deparamos com elas. E como valem a pena!

 

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Fuerteventura é a ilha das praias belíssimas, extensos areais e o Atlântico em todo o seu esplendor. Uma ilha de vulcões e dunas.

 

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É árida e quente, não fosse ela estar a pouco mais 100km de distância de África e receber, daquele continente, as suas areias de presente. Areias que vêm do Saara e que se alojam na zona de Corralejo. 

As suas gentes vivem de forma simples, indo buscar os seus rendimentos ao mar e ao turismo. A vida é mais lenta nas Canárias. Há tempo para tudo, até para respirar e absorver o que nos rodeia. 

 

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Eu e o A. adorámos estas férias. Infelizmente, parece-nos que já foram há imenso tempo. Eu ia já outra vez...

Mas para o ano já concordámos que nos vamos tentar afastar de território espanhol. Ainda que eu adore Espanha e me sinta sempre em casa, quero algo diferente.

 

Este ano voltámos às Canárias porque o A. adorou Lanzarote, eu também, mas ele ainda mais. Ficou encantado com a ilha e só falava em voltar, por isso fomos conhecer a ilha ao lado. Sei que havemos de regressar às Canárias, certamente, mas julgo que não será no futuro mais próximo.

 

Veremos...

 

 

06
Set17

Lanzarote...uma pedra no Oceano (II)

C.S.

Retomando a minha viagem a Lanzarote, da qual já vos falei aqui e aqui, hoje venho falar-vos de algumas coisas que poderão visitar por lá, para além das grandes atrações, que são, obviamente, as praias e o Parque Nacional Timanfaya (do qual vos falarei num próximo post).

 

Tías - Casa Saramago e Biblioteca

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 A Casa de José Saramago, em Lanzarote, fica situada na localidade de Tías, é uma casa entre tantas outras, mas que facilmente conseguímos identificar devido à árvore no meio da rotunda, muito próxima da casa, com uma frase da autoria do próprio Saramago, onde pode ler-se: "Lanzarote no es mi tierra, pero es tierra mía."

Uma frase tão simples e tão bela, que resume bem a admiração e o amor que o escritor desenvolveu por esta ilha.

Gostei muito de visitar a casa, pois é-nos permitido estar no seu escritório, apreciar a sua sala de estar repleta de obras de arte, ver o quarto onde respirou pela última vez, penetrar na cozinha e degustar um café português na sua varanda, onde recebia os seus familiares e amigos. Depois, ainda podemos sentir o vento de Lanzarote no seu jardim com vista para o mar.

 

Nesta casa emocionei-me, por saber que estava a presenciar um pedaço da vida do único Nobel da Literatura portuguesa.

E passámos à biblioteca, que detém cerca de 15000 exemplares de livros, que nada mais eram que a biblioteca pessoal de José Saramago. Entre eles está uma relíquia, um exemplar de Cien Años de Soledad, dedicado especialmente ao escritor português por Gabriel García Márquez, de Nobel para Nobel.

 

 

Jardín de Cactus

 

Este jardim é diferente dos que estamos mais habituados quando ouvimos a palavra "jardim", contudo, merece a visita. Foi projetado por César Manrique, um artista, arquiteto, filho de Lanzarote e a pessoa que mais trabalhou para preservar a ilha no seu estado natural.

Aqui podemos encontrar uma coleção de catos oriundos de diversos pontos do planeta, todos dispostos  em circulo e que juntos criam, de facto, um agradável jardim.

Há também um restaurante no local onde podem (e devem!) comer umas deliciosas tapas.

 

Jemeos del Agua

 Os Jemeos são um excelente aproveitamento do que a natureza nos dá. César Manrique utilizou (respeitando ao máximo) as grutas e cavernas feitas naturalmente pela lava e transformou um local, que poderia ser inóspito, numa deslumbrante sala de espetáculos, com direito a restaurante e tudo. No meio ainda nos brinda com uma lagoa, criando em nós a sensação de que estamos num oásis, em pleno deserto.

Ainda neste local, podemos observar uma espécie única de caranguejos albinos, que se desenvolveram numa das maiores grutas deste local, que contem naturalmente agua salgada, dada a proximidade do mar.

 

 

Se pensarem em visitar Lanzarote, não deixem de visitar estas atrações, são menos horas de praia, é certo, mas valerá a pena.

 

Beijocas e obrigada por andarem por aqui

01
Set17

Lanzarote...uma pedra no Oceano

C.S.

Este ano, como destino de férias escolhi Lanzarote, nas Ilhas Canárias. Vou ser sincera e dizer-vos que não foi o primeiro destino que me passou pela mente, mas o orçamento não era muito alargado. Posto isto, meti mãos à obra e fui à procura do que queria.

Eu e o A. tínhamos decidido que queríamos um destino de praia, (sim, é verdade, não nos chega viver no Algarve), porque para nós praia nunca é de mais. Depois de pensar em vários cenários virei-me para as ilhas espanholas e não queria as do Mediterrâneo, porque já lá estivemos (ainda que tenha sido numa curta passagem). E foi desta forma que me limitei às Canárias. Chegado a este ponto a pergunta era: qual ilha? Tenerife? Fuerteventura, La Palma, Lanzarote?

Bastou-me pesquisar um pouco para ter a minha resposta clara: Lanzarote. Queria um destino de praia, mas sem a confusão Algarvia de agosto e foi assim que me decidi. E também tinha curiosidade em perceber o que teria fascinado Saramago.

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No dia 9 chegámos a Lanzarote de noite, fomos buscar o carro que tínhamos alugado e rumamos para o sul da ilha, para a zona de Playa Blanca, pois era onde o nosso hotel se encontrava. Apesar de não conseguirmos admirar bem a paisagem que nos rodeava, espantou-nos o pouco trânsito que havia e a tranquilidade que reinava na ilha.

 

Dia 10 saímos à descoberta e ficámos logo maravilhados por termos um vulcão perto do nosso hotel. Fomos dar um mergulho na praia de Playa Blanca e depois seguimos para algumas das praias mais bonitas de Lanzarote: Playas Mujeres, Playa Chiringuito e Playa Papagayo. O caminho que temos de fazer para chegar a estas praias é extraordinário, pois parece que estamos a andar no deserto e no fim encontramos praias maravilhosas.

Foi um dia tão bem passado! Eu e o A. estávamos simplesmente felizes. As águas eram cristalinas e pudemos fazer muito snorkeling.

 

Para a semana continuo a contar-vos esta nossa aventura. Se quiserem ver o início das férias vão aqui.

 

Tenham uma ótima sexta-feira!

 

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