O mês de agosto e as suas particularidades e contradições
Agosto entrou na sua última semana e nós com ele.
Este é um mês onde, desde que sou professora, vivo sentimentos contraditórios.
Se por um lado é o mês das minhas férias, por outro, é o mês onde, normalmente, não vou a parte alguma, porque casei com uma pessoa para quem é quase impossível ter férias em agosto. Cenário idílico, não é?
Tenho a sorte de viver no Algarve, sim, tenho a praia a menos de 5 minutos de casa. Mas já viram o Algarve em agosto? Ir ao supermercado e não perder lá duas a três horas da nossa vida é uma vitória.
Este também é o mês em que recebo mais visitas. Ou para ser sincera, é o mês em que eu e o A. temos dificuldade em ter a nossa casa só para nós. E também isto é contraditório. Eu adoro receber a nossa família e amigos, mas ter a casa cheia, (limpar, cozinhar, lavar, repetir...), o mês todo não é, propriamente, as férias com que se sonha, pois não?
Por isso, acabo muitas vezes agosto a precisar de férias. Devia ao menos fazer uma escapadinha, não é? As como posso fazê-la se não sei se ficarei desempregada? Ainda não consegui fazer o dinheiro esticar e não dá para ir esbanjá-lo quando não se sabe se o que o futuro nos reserva é o desemprego.
Começam a compreender a magia deste mês?
Eu bem vos disse que é um mês de contrastes. É um mês onde tenho sempre as emoções à flor da pele, é como se estivesse com T.P.M por tempo indeterminado.
Mas ficam as boas memórias, os abraços, as gargalhadas, o sol que nos aquece a pele, o mar que nos refresca até à alma, os cheiros, o pôr-do-sol, as estrelas cadentes os gelados...
Fica o que importa. Permanece o que torna a vida mais feliz.
(Imagens que fui tirando ao longo do mês)