Notícias que me estragam o dia
Todos sabemos que, com esta pandemia, vamos entrar numa crise económica superior à de 2008. Sabemos que vivemos num país que, não contando com prémios de turismo ou resultados futebolísticos, anda sempre na cauda da Europa. Um país que não tem verbas para a cultura, que ignora as dificuldades que os setores da restauração e do divertimento noturno atravessam, que fingiu que reforçou o SNS, que tem escolas com amianto, sem aquecimento e onde chove (sim! é verdade, asseguro-vos), que não tem creches nem lares suficientes, etc. Mas que continua a financiar bancos e que vai dar 11 milhões de euros para um evento que se está a realizar online, Web Summit. Sim, é verdade.
E isto é revoltante. É desesperante. Porque não consigo deixar de sentir que neste país estão constantemente a gozar comigo. Connosco. Com cada um de nós.
"Portugal é pobre."
"Apertem o cinto."
"Cada português tem uma dívida de x euros."
Quantas vezes já ouvimos estas frases? Quantas vezes mais iremos ouvi-las?
Quando teremos coragem para dizer que basta? Estamos fartos.
E sabem o que é que eu sinto? Verdadeiramente? Que não é uma questão de políticos mais à esquerda ou mais à direita, porque todos eles parecem ingorar-nos. Esquecer-nos quando se sentam na Assembleia.
E se assim é o que nos sobra? Provavelmente juntarmo-nos e fazermo-nos ouvir. Aceitam-se ideias.