Siiiiiiiiiiiiiiim! Estou bem disposta. Sim, é por ser sexta-feira.
Bem sei que os dias são todos para aproveitar da mesma forma, mas o que é que vocês querem? Eu tenho a sensação que os aproveito mais quando não tenho que cumprir horários. Não é o caso de hoje. Hoje ainda tenho, mas a aproximação do sábado deixa-me assim, por vezes. Para além disso, esta semana que está a chegar ao fim foi um torbilhão de emoções, na quarta-feira à noite pintei o mundo de negro, tal foi o pico de stress.
Tenho pensado em vir aqui, mas por estes dias sinto que estou a sair de um processo de hibernação.
Iniciar, todos os anos, um novo percurso numa nova escola não é fácil. O período de adaptação é enorme. Muda o local, as regras, as pessoas... Tudo muda. Exceto nós. Exceto eu. Continuo a ser a mesma, com as mesmas crenças, os mesmos gostos, as mesmas ambições, os mesmos sonhos...
Dou aulas há praticamente 10 anos e nunca me custou tanto adaptar. E nem estou longe de casa... Mas não consigo parar de pensar que vim parar a um sítio onde não encaixo. Um local que tem um modo de trabalhar diferente de tudo aquilo que acredito.
E no entanto, é engraçada a vida... No dia em que me apresentei no novo local de trabalho disse a mim mesma: "É este ano que vais compreender se queres ser professora a vida toda".
Poucos serão os que ainda não viram este filme. Poucos haverá que ainda não tenham lido uma crítica e/ou opinião sobre o mais recente sucesso da Disney Pixar. E mesmo assim aqui me tem prontinha para falar-vos de Coco.
Já há umas boas semanas que vi o filme e fiquei logo com vontade de falar-vos dele, por diversos motivos, sendo que o principal é que este filme entrou logo para o meu TOP 5 de filmes de animação, sem dúvida.
É arrebatador.
Coco é um filme que mexe com os nossos sentimentos. Faz-nos rir e emocionar na mesma medida. A mim levou-me mesmo às lágrimas.
É um filme que aborda a temática da morte, (aquele tema dificílimo de explicar a uma criança), de um modo perfeito. Dá-nos a esperança de uma vida feliz após a vida terrena, mas também a dor de saber que tudo acabará um dia, mesmo que perdure durante anos e anos, porque a memória humana não dura para sempre. Toca o tema da morte, mas dá aos mais novos a esperança de tornar a vida de quem partiu melhor, através da recordação da sua existência e importando-se com a vida que essa pessoa teve.
Coco é um filme alegre, cheio de cor e música, muita música! E devido a este ponto aconselho-vos a ver a versão original, se possível, pois quem dá voz aos personagens são atores latinos, facto que torna o filme ainda mais autêntico. Creio que Coco é uma celebração da cultura latina, que é tão rica e que tem tanto para nos oferecer.
O Día de los Muertos, que serve de pano de fundo à história, é uma prova disso mesmo, pois é uma celebração mexicana que se baseia na perda, mas que celebra a vida de quem faleceu.
A minha B. (sobrinha) quando saiu do cinema chorou imenso e dizia entre soluços, do alto dos seus, (ainda na altura), seis anos: "Estou a sentir tantas emoções!". E aqui está a prova de que a mensagem do filme é inteiramente compreendida pelos mais novos.
No próximo domingo este blog fará três meses de existência.
Há três meses atrás, quando o comecei, sentia-me algo perdida. A minha vida familiar estava e está ótima, mas a minha vida profissional estava péssima. Ou melhor. Eu sentia-me péssima no meu local de trabalho. Precisei de fazer uma espécie de pausa. Uma pausa que me serviu para lamber as feridas e voltar de cabeça erguida. E este blog ajudou-me a consegui-lo.
Não sei se foi uma fase, se já sarou totalmente, mas sei que continuo a achar que há dias em que gosto bastante daquilo que faço, mas em muitos outros odeio. Odeio como me sinto quando estou lá, odeio que lá tenha menos vontade de rir e odeio odiar às vezes.
Eu que sou uma pessoa otimista e que adoro sê-lo, sinto que estou numa espécie de encruzilhada. Tenho a sensação que o vento poderá mudar de direção repentinamente, mas não sei a origem deste sentimento. Será a minha própria vontade que me faz senti-lo?
Não sei...
Às vezes acredito que o que tiver que ser será e que tudo acontece por um motivo, estas palavras, que já ouvimos tantas vezes, mas às quais eu reconheço, pelo menos, uma ponta de verdade, ecoam-me na cabeça. E eu vou dizendo a mim mesma que algures tudo fará sentido.
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