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há mar em mim

25
Jul17

Sobre isto de se ser (candidato a) professor em Portugal

C.S.

E se, antes mesmo das vossas tão apetecíveis férias começarem, a única certeza que tivessem fosse a certeza de que quando as férias terminassem não teriam lugar para onde regressar?

E se isto não fosse uma suposição e fosse o que acontece, ano após ano, aos professores contratados do nosso país? 

 

Um dia Nuno Crato disse que os professores contratados não são professores, não candidatos ao lugar de professor. Não deixa de ter razão...

 

É verdade...

Ainda não fui de férias e já hoje sou confrontada com a realidade de ter de fazer uma lista de lugares para onde poderei (ou não) ser chamada para trabalhar no próximo ano letivo.
 

Ainda amanhã tenho uma reunião, às 10h, à qual não posso faltar, e já hoje tenho de me confrontar com os "ses" futuros...

- E se não concorro para longe de casa e fico sem trabalho?

- E se concorro para longe de casa e fico com uma depressão?

- E se concorro mal? 

- E se há menos vagas?

- E se já não me apetecer mais ser professora?

- E se quiser ser professora e o ministério não me quiser nunca mais?

- E se não apareço nas listas do início de setembro? 

 

Tantos "ses"... E eu só quero ir de férias...

 

Está inaugurada a época do stress pós-ano-letivo.

 

(Imagem aqui)

20
Jul17

A chegada ao Ensino Superior

C.S.

Ontem foi dia de muitos jovens fazerem a sua candidatura ao ensino superior. Um momento fulcral na vida de muitos, um traçar de caminho, a aposta num sonho...

Lembro-me bem do dia em que fui fazer a minha candidatura. Ia, essencialmente, insegura. Porquê? Porque quis ser muita coisa, ao longo dos anos, mas com o decorrer do tempo fui tendo cada vez menos certezas.

As Humanidades eram a minha praia. Gostava do contacto com os outros, de literatura e, sobretudo, da ideia de me formar.

Hesitei. Na noite anterior ao dia da candidatura ainda não sabia se seguiria um caminho ou outro, se me afastava do ninho dos pais, ou conquistava maior independência, (mas sempre tive presente que esta última opção iria condicionar muito as finanças familiares e creio que este foi um sério critério a pesar na minha decisão final).

Candidatei-me. Um pouco ao sabor do vento e da inspiração do momento. Não me arrependo. Ser professora, apesar de tudo, tem sido uma experiência muito enriquecedora. Não sei o que o futuro me reserva, mas sei o que já não me pode tirar.

Os tempos de universidade, para mim, são os melhores que o ensino nos pode proporcionar. Adorei cada momento e recordo-os, sempre, com saudade e alguma melancolia à mistura.

 

(Imagem aqui)

 

 

20
Abr17

Constatações (tristes)

C.S.

O ano passado, por esta altura, eu e o A. já tinhamos  feito uma viagem e duas escapadinhas e havia uma terceira que já andava a ser cozinhada.

Este ano ainda não saímos de casa, (não contam as idas para o trabalho, sim?), e cada vez tenho mais dúvidas se o iremos fazer. O dinheiro não abunda para estes lados e há mil e um sítios onde eu gostava de ir. Não há um único dia em que eu não sonhe ir a um sítio diferente. Cada um mais longe que o outro.

Gostava de já ter um plano traçado, uma viagem delineada, mas estou a ver que isto não passará da fantasia. Até porque as minha próximas férias serão em plena época alta. (Não tenho alternativa.)

O A. aprendeu a gostar de viajar. Aprendeu comigo, arrisco-me a dizê-lo.

Eu diria mesmo que antes de mim ele detestava viajar, acho que só a palavra em si o metia mal disposto. Mas agora gosta, gosta muito e desfruta cada vez mais dos momentos e peripécias que uma viagem nos proporciona. No entanto, nunca é ele a querer planear seja que saída for. Sou eu quem vai vendo voos, hotéis e preços e constatando que se calhar teremos de ficar em terra.

Esta é uma angústia minha, não dele. Creio que se lhe dissesse já que as férias vão ser passadas por aqui a reação dele não seria de grande tristeza. Já a minha...

 

(Imagem aqui)

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