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há mar em mim

16
Jan23

Sobre sábado, o dia que foi dos Professores

C.S.

No sábado, os professores portugueses voltaram a dar uma aula de cidadania ao país, ao ministro da educação e a todo o governo.

100000 professores apresentaram-se na capital. Não se deixaram intimidar pelas mensagens que lhes invadiram as redes sociais no dia anterior. Uma tentativa de demovê-los? Provavelmente.

100000 pessoas movidas pela certeza que estão a fazer o que é certo: lutar pela escola pública. E sim, o melhor para a escola pública também passa por tratar bem os seus professores e devolver-lhes o que lhes pertence.

100000 pessoas que se reencontraram e se abraçaram, porque todos nós já trabalhámos em tantas escolas, todos nós acumulamos km e somamos alunos e colegas com quem aprendemos ao longo dos anos.

100000 pessoas que cantaram, dançaram, apitaram, fizeram barulho, gritaram que "não pararão", porque chegou a hora de exigir o que lhes tiram há anos. 

100000 pessoas que suportaram a pandemia e nem aí, quando o país descobriu a falta que lhe fazem os professores, foram devidamente reconhecidos. Porque às vezes as palavras não são suficientes. É preciso dar condições dignas de trabalho, é preciso que o ordenado dê para pagar a casa no fim do mês, é preciso que as pessoas sejam avaliadas de forma justa, sem entraves à sua progressão. É preciso que o ambiente nas escolas nos permita respirar, rir e nos dê vontade de permanecer.

Sobretudo, é urgente que se ouçam os professores e se compreenda que eles só querem uma escola mais digna, justa e saudável para todos.

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12
Fev21

Resumo do que tem sido este meu 2021

C.S.

Já viram isto? 

Eu por cá... E como sou muito esperta, após dias e dias sem dar notícias, venho numa sexta feira à tarde, que normalmente é quando a malta menos aparece por aqui (ou é impressão minha?). 

Não é que tenha grandes novidades, mas ainda assim vou fazer-vos um resumo do que tem sido este meu 2021. 

Começou da forma mais tranquila possível, um belo jantar a dois e um brinde ao ano novo às 23h, porque ele ia trabalhar às 24h. Assim sendo, quando as outras pessoas todas brindaram fiquei doida com o entusiasmo demonstrado pelos meus vizinhos, fizeram tanto barulho, lançaram tanto fogo de artifício, que eu fui à varanda assistir, meio incrédula, e quando entrei em casa estava convencida de que estavam a celebrar o fim da pandemia e não o início do ano de 2021. Achei que se precipitavam.

Passados uns dias voltei às aulas e ainda a primeira semana não tinha terminado e já estava a ser chamada para fazer teste covid, pois uma aluna minha testou positivo. Afinal os vizinhos tinham mesmo desperdiçado fogo de artifício, pois continuava tudo na mesma. 

O meu teste covid deu negativo, mas os alunos em isolamento aumentavam de dia para dia. Chegados a este ponto eu já achava que se calhar 2021 ainda poderia vir a ser pior que 2020. 

"Vamos para casa, mas as escolas ficam abertas." - diziam nas notícias. E a ansiedade aumentava, e o medo e a desconfiança... 

Passados uns dias os governantes tiveram que ceder e lá fecharam as escolas, mas não sem antes voltarem a surpreender toda a gente, pois iriam ser férias forçadas e não ensino à distância. Porquê? Não porque achavam que 15 dias em casa seriam suficientes para travar a pandemia, mas para tentarem entregar em 15 dias todos os computadores que estavam prometidos desde abril de 2020 e dados como entregues, na comunicação social, em setembro de 2020. É engraçado como estas coisas da política se fazem...

Foram 8 dias passados em estado letárgico e os outros 8 passados a tentar dar resposta à enxurrada de mails e tarefas que nos iam sendo atribuídas para dar início à versão 2.0 do ensino à distância. 

E eis que chegamos ao dia de hoje. Foram muitas horas de Zoom numa semana e muitas outras se seguirão. Não sabemos quando tudo vai voltar ao normal, mas há notícias que garantem que é daqui a 10 anos... (Estas notícias só servem para espalhar o pânico, não é?) Valham-nos todos os Deuses!

Enfim...

Resta-nos fazer o melhor que sabemos e como podemos. Usar o tempo livre para trazer um pouco de felicidade às nossas vidas.

Gostam de comédias românticas? Pois vejam muitas.

Gostam de ler? Então devorem livros.

Gostam de um bom copo de vinho? Desfrutem dele.

Querem aprender a bordar? Ontem já era tarde. 

Apetece-vos um bolo? Metam mão na massa. 

Normalmente não celebram o dia dos namorados mas este ano apetece-vos? Força nisso.

Façam o que vos der prazer, que a vida não está para grandes planos e mais vale rir, ainda que não haja nenhum problema em deixar cair umas lágrimas. 

A mim, hoje, deu-me para vir desabafar convosco. 

 

Deixo-vos com um dos pensamentos que partilhei um dia destes aqui

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04
Fev20

"Trabalhar no Interior" ou A nova Propaganda do Governo

C.S.

Governo dá até 4800 euros a quem for viver para o interior

 

Este era o título de uma notícia de ontem, do Jornal Público. 

O anuncio foi feito pela Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e tratam-se de uma série de medidas que visam incentivar as pessoas a fixar-se no interior do país. 

Mas eu tenho algumas questões, porque não me parece que sejam os 2000€  a 4000€ (e resta saber que tipo de condições têm de ser reunidas para os receber...) que vão resolver esta problemática, que é real, bem real. 

Por exemplo:

- E a falta de médicos?

- E a falta de meios nos hospitais e/ou centros de saúde?

- E a falta de lares?

- E a falta de creches?

- E a falta de transportes públicos? (A rede de comboios no interior do país é uma anedota.)

- E a falta de infraestruturas (do desporto à cultura, é escolher)?

- E as pessoas que, como eu, são do interior do país, trabalhadores do estado, e mandam-nos para o litoral (Lisboa e Algarve, essencialmente)?

 

Fica bonito dizer que se criaram incentivos. Fica bem, nas "gordas" dos diversos jornais, anunciado um incentivo monetário do governo, mas a mim parece-me que isto é, uma vez mais, tapar o sol com a peneira. Na prática ficaremos na mesma. 

(Imagem aqui)

 

 

16
Ago19

Podia ser sempre assim...

C.S.

Hoje, enquanto tomava o meu pequeno-almoço, já algo tardio, ia lendo, como habitualmente, as manchetes do dia e eis que surge uma que dizia:

Ficaram colocados 24 mil professores. Listas nunca saíram tão cedo.

 

Ai ficaram? Pensei eu.

E fiquei ali a pestanejar enquanto tentava raciocinar. E eis que se fez luz. Seria possível que as listas de colocação já tivessem saído? Elas que saem sempre no final de agosto/princípio de setembro?! E lá fui, desconfiada, ao site da DGAE.

E lá estavam elas. 

Sexta-feira. 16 de agosto. Nunca as listas de colocação de professores saíram tão cedo.

Dirão as más línguas que o governo tentou desviar as atenções da greve. Ou que como é ano de eleições procuram sempre ficar bem vistos. 

Independentemente da razão, a verdade é que a manchete não podia estar mais certa. Nunca as listas saíram tão cedo. O que significa que nunca antes os professores, (contratados, entenda-se), tiveram a oportunidade de gozar parte das suas férias com a tranquilidade de saber o seu futuro. Nunca tiveram tanto tempo para procurar casa ou saber em que escola terão de matricular os seus filhos. 

Portanto, mesmo que exista uma razão política obscura para a saída das listas muito mais cedo do que o previsto, a verdade é que ficamos todos a ganhar com isso. É muito mais fácil garantir um arranque de ano letivo tranquilo, sabendo os docentes de antemão onde serão precisos. 

(Imagem aqui)

 

Quanto a mim, fiquei a saber que este ano faço falta pertinho de casa. Ainda bem. 

 

Agora? Agora vou gozar verdadeiramente as minhas férias. 

 

17
Out17

É oficial...

C.S.

...hoje senti frio.

Quando cheguei a casa fui buscar um pijama de manga comprida. E como eu gosto disto!

Mas falta a chuva.

Ontem esperava que chovesse. Fui várias vezes à janela espreitar e nada. Há que tempos que não desejava genuinamente que chovesse.

Correndo o risco de parecer uma avozinha digo-vos que esta seca que assola o país é muito preocupante. Preocupa-me. Juntado aos trágicos incêndios e à quantidade de água que se tem gastado para tentar dominá-los, creio que vivemos uma verdadeira crise e que não estamos preparados para enfrentá-la.

O governo já deu mostras de incapacidade para resolver estas problemáticas. Também já demonstrou total insensibilidade para com estas questões, porque não basta dizer que se lamenta. Não basta decretar dias de luto.

Não se pode vir a público, num momento em que o país atravessa tamanho pesadelo e precisa de verdadeiros líderes, dizer algo assim: "habituem-se e não se queixem muito, porque isto não ficará por aqui.". E não me acusem de ser hiperbólica, porque espremidas e simplificadas as declarações dos elementos do governo transmitem-nos mais ou menos isto.

 

Ah!...é verdade...já me esquecia... Viram as imagens da Galiza? Viram a quantidade de gente que saiu à rua para manifestar o seu desagrado para com os governantes e pressionar para que sejam tomadas medidas e garantias de que os fogos não se repetirão? Viram? Sabem quantas vidas se perderam na Galiza? 2.

Demasiadas para eles. E nós? Nós engolimos as declarações secas destes governantes ávidos de poleiro, mas que de líderes têm muito pouco.

Era isto...

 

29
Ago17

Ainda sobre os blocos de atividades da Porto...

C.S.

Como andei ausente não me pronunciei aqui sobre isto, contudo, ontem encontrei uma opinião semelhante à minha, mas 5000x melhor e que vos vai fazer rir. Não resisti e tive de vir aqui partilhar convosco.

 

Aqui fica.

(Tem de ser assim, porque não encontrei o vídeo noutro sítio. A imagem apresentada é retirado do vídeo, portanto, do mesmo link.)

 

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