#8 Pensamentos de uma pessoa em isolamento social
Já? Já?...
Contem-me tudo!
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Já? Já?...
Contem-me tudo!
Shame on me!
Até me sinto excluída, malta, e em plena quarentena.
Anda tudo aí a tirar fotos aos seus bonitos pães e depois à bela da fatia besuntada de manteiga, não é?
E eu? Sabem o que eu anda a fazer? A comer papa de aveia, que é um pequeno almoço que estava na moda antes da quarentena e agora já passou à história.
É a vida!
Efeitos colaterais destes nossos novos dias.
(Imagem aqui)
Vamos lá a saber...
Quantas vezes já se depararam com esta frase nas redes sociais: Éramos felizes e não sabíamos.
5?
10?
30?
99? Mais...
Dá vontade de ir à janela gritar: ACABEM LÁ COM A MERDA DA LAMÚRIA QUE JÁ NÃO HÁ PACHORRA, PORRA!
A sério, ninguém acredita que vocês eram felizes e não sabiam. Porquê? Porque a pessoa tende a reconhecer quando está feliz, normalmente é quando não está doente, a vossa vida corre bem, ordenado garantido no final do mês, não têm dívidas por aí além para pagar, vão jantar fora de vez em quando, com sorte com a cara metade que até já fisgaram, e até têm uma viagenzinha ou duas em vista. É isto, para os comuns mortais não é muito mais que isto.
A não ser, claro está, que já tenham filhos e aí já entram nas vossas contas o bem-estar deles e o quão realizados os conseguem fazer sentir. Porque a vossa criança é todo o vosso mundo e ai de vocês que julguem ser seres individuais, independentes da família que criaram. Neste caso, a vossa felicidade fica dependente do sorriso das vossas crianças. Mas também é fácil ver isso. Ou não?
Se eles têm entre 0 ou 7 anos e passam 50% do tempo a chorar... Já foram. Não há felicidade que aguente. Vão por mim, não são felizes em quarentena, mas também não o eram antes.
Se os vossos filhos têm entre 8 e 18 anos e passam mais de 60% do tempo a revirar os olhos... Paciência, também não podem dizer que eram felizes. Mas não se sintam mal, toda a gente sabe que um pré adolescente/adolescente suga a vida a todos os seres vivos com os quais convive, usando para isso a sua irritabilidade crónica e desdém por tudo o que não é um ecrã.
Se não se encaixam nos perfis acima descritos, parabéns! Com certeza que eram felizes, mas de certezinha que já o sabiam antes, porque pais que têm adolescentes em casa e que não os veem soprar ou revirar os olhos na maior parte do tempo sabem que foram abençoados por uma entidade divina qualquer.
(Imagem aqui)
O problema, minha gente, é que a maioria dos seres vivos que estão a reproduzir a frase que dá o título a este post até à exaustão são...
(Imagem aqui)
INFLUENCERS!!!!! Sim. Ver-da-de!!!! Aquelas que pessoas que passam o seu tempo a viajar e quando não estão a viajar estão a receber cremes, roupas e malas para depois nos tentarem vender.
Acreditam?
Elas eram felizes e não sabiam.
Tenho tanta pena!
(Imagem aqui)
É muito isto, não é? Nunca nós apreciámos tanto as nossas varandas, o espacinho da casa que nos aproxima mais da rua.
E por aí? Ainda se aguentam ou já atingiram um desespero tal que até passar a ferro vos parece uma excelente ideia?
Fiquem bem. Fiquem isolados.
O Instagram está louco. Parece que anda tudo nervoso por lá, parece que todos têm qualquer coisa a dizer, parece que, de repente, já não é o Instagram, mas sim o Facebook. Cruzes, credo, canhoto.
Uns são a favor, outros são contra e eu acho que já se devem ter gerado mais reações em torno deste assunto, em Portugal, do que comentários ao conflito E.U.A. - Irão. É o que temos. Já sabem que por cá não é qualquer assuntozinho que cai nas boas graças.
(Imagem aqui)
Ficaram genuinamente admirados com a notícia? Seus ingénuos. Se a Tininha já se havia comparado à Lady Di, porque não haveria de querer o poiso do Ti Marcelo? Eu até acho que ela está a sonhar pequeno, uma vez que um dos príncipes de Inglaterra acaba de deixar um lugar vago.
Uma coisa é certa, não duvido que se a Tina um dia avançar com isto a taxa de abstenção diminui. Disso não duvido.
Mas antes de ir, digam-me cá... Sou só eu que vejo traços da loucura de Daenerys Targaryen nesta hipótese?
(Imagem aqui)
Há anos que acompanho o percurso de Ricardo Araújo Pereira e sou verdadeiramente fã do seu trabalho. Acho que não há como não sê-lo.
É o melhor humorista português e uma das pessoas mais inteligentes da nossa praça pública. Admiro a forma como fala de literatura e o conhecimento que demonstra ter da língua portuguesa. "Ai quem me dera..." Canta a Mariza e penso eu.
Ricardo A. Pereira brinca com a política, revela consciência social e escreve bem. Agora temos a sorte de tê-lo em dose dupla, na Rádio Comercial, de segunda a sexta, e na TVI, ao domingo. E ainda bem, digo eu, julgando que este é um sentimento partilhado pela maioria dos portugueses.
No meio de tanto lixo que nos chega a casa pela televisão, (abençoada Netflix que me trouxe tanta liberdade de escolha!), o Gente que não sabe estar é uma lufada de ar fresco. Humor inteligente do princípio ao fim. Mas dali já não se espera outra coisa, verdade?
Vejam isto:
E mais isto:
Ia fazer um post sobre o tão falado programa de Marie Kondo e como este foi uma desilusão, (só vi o primeiro episódio), uma vez que a senhora não arruma nada, apenas manda fazer. Para além disso, a Marie aconselha a que se dobre a roupa de forma a que esta, antes de ser usada, tenha de ser outra vez passada a ferro. Uma verdadeira loucura! Mas agora o post já não faz sentido, uma vez que esta Mixórdia supera qualquer palavra que eu pudesse escrever.
Resta-me dizer, em nome dos portugueses, obrigada, Ricardo!
(Imagem aqui)
É cara de:
Aqui me queriam, aqui me têm, sem arrependimentos ou culpas, até porque 18 milhões de euros é o que eu pago às minhas irmãs para não as ouvir.
Uma coisa é certa... Acho que nunca vi o CR7 com uma roupa que lhe conferisse tanta pinta. Só pode ser dos ares italianos, porque como todos sabemos, no que toca a moda, eles são uns expert.
Diz que a Tininha hoje se atrasou a sair da cama e só teve tempo de colocar os saltos altos e rumar à sic.
(Imagem do instagram da própria dailycristina capturada com a foto ao meu ecrã)
Não critiquem, já todos tivemos manhãs destas...
É verdade! Eu confesso. A vocês e ao universo. Eu admito!
(Imagem aqui)
Estou um bocado farta do meu smartphone! Estou! Mas tinha de começar a dar problemas maiores agora? Agora mesmo? Após o Natal?!
Tenho lá eu dinheiro para outro?! Sou só uma professora contratada que o máximo que já gastou num telemóvel foi 199,99€, precisamente neste Asus Zenfone 3 Max, aka Meu Grande Inútil.
(Imagem aqui)
O Meu Grande Inútil tem 2 anos e já há muito tempo que não funciona em condições, (Aliás! A sua câmara foi uma desilusão desde o início!), no que toca à minha aplicação preferida, Instagram, (não sei porquê, mas eu não tenho todas as funcionalidades que vocês, seus sortudos, têm, nunca tive. E trava, senhores! Ah como o desgraçado bloqueia! ), para além disso, agora deu em apitar durante as chamadas. Isso mesmo! Apita! Um apito contínuo, baixo e irritante, como que a testar a minha paciência. Como que a dizer-me: "Vá... Vá! Vamos lá ver quanto tempo aguentas sem mandar comigo à paredeeeeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...". E não sou só eu que ouço o apito, quem está do outro lado também ouve, mas nem sempre em contínuo, como eu. Que desespero!
Tivesse eu dinheiro a sobrar-me e já o tinha afogado na sanita. Juro! Mas como não tenho, espero que o karma pare de me castigar, por já o querer rifar há tanto tempo , e permita que o danadinho se aguente mais uns meses.
Tudo isto estaria resolvido se eu tivesse ganhado, como me covenci que aconteceria, o sorteio que a página Pplware, do Sapo, levou a cabo por alturas do Natal, cujo prémio era, nada menos, que o Huawei P20 Pro. Cheguei a imaginar-me com o melhor smartphone de 2018 nas mãos... Cheguei a visualizar a minha vida exatamente na mesma, mas agora com acesso a tecnologia de ponta. Mas não. Entregaram-no a uma pessoa qualquer super desinteressante, certamente. Enfim...
Por acaso não têm nenhuma ideia milagrosa que me resolva este problema ainda hoje, pois não? Bem me parecia...
É triste ser pobre, não é?
Tenham um bom fim-de-semana, eu vou passar o meu a lamentar-me, não tenham dúvidas.
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