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há mar em mim

23
Abr18

Hoje é dia do livro e...

C.S.

...e eu apercebi-me agora.

Agora mesmo. Quando cheguei a casa e a internet me informou. 

Ri-me. Porque antes de vir para casa fui comprar um livro e um postal e fui colocá-los no correio.

Destinatário: a minha sobrinha. Ela gosta de receber encomendas e postais. 

Comprei-lhe um livro que me cativou assim que lhe peguei, um livro que celebra todos os livros infantis.

É um livro que é uma homenagem a todos os outros, com ilustrações fabulosas. Espero que ela o adore. 

Se tivesse sido propositado não teria acertado mais que isto. 

500x.jpg

(Imagem aqui)

 

 

16
Jun17

"Somos todos escritores, só que uns escrevem e outros não." Saramago

C.S.

Andava eu a passear pela página da Wook, (site que visito com frequência e que julgo que todos conhecerão...), quando me deparei com o livro Enquanto Acreditar em Ti, de Raquel Strada. Da Raquel Strada? Da Strada da tv? Daquela que está sempre irrepreensivelmente vestida?

Olha...a Strada, agora, também escreve. Pensei eu. Porreiro. Gira, bem vestida e escritora. O que se pode querer mais?!

E imediatamente a minha memória foi buscar um artigo que li no Expresso o ano passado (2016), que me deixou de boca aberta, por ser uma absoluta surpresa para mim. Na altura ainda não tinha o blog, não comentei com ninguém o que tinha lido e passados uns dias já nem me lembrava do assunto, mas hoje a minha memória ressuscitou-o.

"C.S., és tão naif", estarão alguns a pensar. E eu terei de concordar, porque durante anos esta realidade passou-me ao lado, imaginando que quem vê o seu nome na capa de um livro é porque realmente o merecia, mas parece que isto não é assim tão linear.

 

(Atenção! Esclareço, antes de prosseguir, que não faço a mínima ideia de quais as capacidades de escrita da Raquel Strada e acredito que ela possa, realmente, ser a autora do livro, não é isso que está aqui em causa, de todo. Não me interpretem mal.)

 

O artigo do Expresso intitula-se: Os fantasmas que escrevem os livros dos famosos. E agora perguntam aqueles que, como eu, desconheciam esta realidade: "O quê?".

É verdade, parece que ao nível internacional isto é "o pão nosso de cada dia" e que por cá, na nossa santa terrinha, já se começa a fazer o mesmo. Passo a explicar de forma sintética: as editoras querem vender, certo? Os famosos, por serem quem são, vendem. Portanto, não importa a destreza que tenham ou não nas artes da escrita, porque as editoras contratam alguém anónimo que a possua. E não sou eu que o afirmo, é o jornalista do Expresso, atentem:

 

«As editoras querem associar um rosto mediático a um título que venda. E todas as partes saem a ganhar. Talvez aqui o leitor seja o único defraudado. Espantado? São as regras do jogo no mercado das editoras.

E como o segredo é a alma do negócio, o nome destes fantasmas da escrita nem aparece na ficha técnica (ou se aparece é de forma discreta na qualidade de ‘colaborador’) para que a ilusão da proximidade do leitor com a figura pública visada não saia beliscada e as vendas sejam um sucesso.»

 

Que acham disto? Era clara para vocês esta realidade?

Eu não consigo deixar de achar que é feita uma espécie de jogo sujo com os leitores, pois pensam que estão a comprar algo que não o é, ou que pelo menos, que não corresponde inteiramente à realidade.

As biografias, por exemplo, talvez sejam os textos que mais sentido fazem, para mim, socorrerem-se desta técnica, porque uma pessoa pode ter uma vida extraordinária para contar, mas não dominar as palavras e aí, sim, necessita de alguém que conte as suas vivências por si. Todavia, acham correto o uso de escritores fantasma quando se trata, por exemplo, de um romance?

Deixo-vos com esta interrogação, reflitam e partilhem comigo, talvez seja eu que esteja a ver este negócio com maus olhos, quando na verdade é algo, ao que parece, banal. Talvez com os vossos comentários me façam mudar de opinião...

Parece que Saramago nunca fez tanto sentido:

«Somos todos escritores, só que uns escreve e outros não.»

(Imagem aqui)

 

 

 

31
Jan17

Pedaços da infância

C.S.

Quando eu era pequenina não haviam muitos livros em minha casa, a explicação é simples, os meus pais nunca foram muito dados à leitura. Lembro-me da minha mãe me comprar uns livros de histórias, da Disney, que mandou vir do Círculo de Leitores, e lembro-me de folhear os livros e adorá-los. Vi-os e li-os muitas vezes, tinha muito cuidado com eles, como aliás tinha com todos os meus brinquedos. Estes livros teriam durado até aos dias de hoje e eu ainda os teria, certamente, se a minha irmã (mais nova) fosse cuidadosa como eu, mas não era, nunca foi. E eu um dia cheguei da escola e vi os meus preciosos livros todos riscados e rasgados. Doeu. Gostava muito deles.

Penso que me encontrei novamente com os livros e com a leitura, com o mesmo entusiasmo e vontade de saber sempre mais sobre o enredo, quando fui para o 5.º ano e a culpada desse facto, não tenho qualquer dúvida, foi a minha querida professora de português, M.J.R.

Tenho a certeza que passei a adorar a língua portuguesa, a leitura e a escrita por causa dela, que nos ensinava e incentivava diariamente. Também transparecia nela uma enorme paixão pela literatura. E foi ela que me desafiou a visitar a biblioteca da escola, a ir buscar livros para ler, para ganhar vocabulário e ir melhorando alguns erros ortográficos que eu teimava em dar.

Aquela biblioteca tornou-se a minha segunda casa, pois eu passava todo o dia na escola e se não estava nas aulas, estava na biblioteca. Li toda a coleção de livros de Uma aventura e a partir daí fui lendo cada vez mais.

A professora M.J.R. foi minha professora até ao 8.º ano e minha diretora de turma também. Gostava de ter oportunidade de voltar a falar com ela, de agradecer-lhe e explicar-lhe a importância que teve na minha vida. Outro dia a minha mãe encontrou-a no supermercado e diz que ela me mandou um beijinho. Achei extraordinário que ela ainda se lembrasse de mim e da minha mãe. Há pessoas que nos marcam e não sabem que o fazem.

Agora fiquei com vontade de contactá-la, talvez ligue para escola e tente saber se ela ainda está por lá.

10-livros-que-podem-te-ajudar-a-ficar-rico-em-2016

 

 

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