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há mar em mim

11
Nov19

Dançar como se ninguém nos visse

C.S.

Hoje o Miguel Araújo foi às manhãs da rádio Comercial estrear a sua música nova e tentar pôr o país a dançar. Sem vergonha. Sem preconceitos. Sem autocríticas destrutivas. 

Eu gosto muito das músicas do Miguel. As suas letras cheias de conteúdo cativam-me sempre. E esta não foi exceção. Até porque identifico-me imenso com a mensagem da canção. 

Quem me dera poder ir aos anos 90 e mostrá-la à miúda que fui. Dizer-lhe "ouve com atenção, não te julgues tanto, não te acanhes, nem tenhas medo". Podia ser que a miúda não se sentisse um bicho tão raro e solitário durante a adolescência. Ou então não faria diferença nenhuma, que os adolescentes são uma espécie muito difícil de compreender, pior que as mulheres. Nunca saberemos...

Porém, compreendo hoje que uma das enormes vantagens de que o tempo passe por nós é relativizar. Entender que há preocupações muito maiores do que a nossa forma desengonçada de dançar. E por isso não faz sentido deixar de fazer algo que gostamos ou que nos apetece fazer apenas porque temos vergonha ou porque achamos que os outros nos vão julgar. Não! Chega de dizer que não somos capazes, que não temos jeito ou que não é para nós. É, se quisermos. 

Não vamos virar experts, mas seremos pessoas mais divertidas e felizes. 

Crescer é livrarmo-nos das amarras da nossa consciência. E é tão libertador! 

 

Como se ninguém nos visse...

 

 

06
Mar19

O dia em que a B. conheceu o Miguel Araújo

C.S.

Lembram-se de vos ter dito, (aqui), que a prenda de aniversário que ofereci à B. foi bilhetes para um concerto do Miguel Araújo? 

 

No dia 16 de fevereiro lá fomos ao belíssimo e único Teatro Garcia de Resende, em Évora, - se não conhecem aconselho-vos vivamente a fazê-lo - para assistir ao concerto. O espetáculo foi inserido no festival de música do Dia dos Namorados, Às vezes o Amor, do Montepio, e serviu como pontapé de saída para a digressão que o cantautor está a fazer pelo país, a solo, e que dá pelo nome de Casca de Noz.

(Imagem aqui)

 

 

Com o aproximar da hora do espetáculo a minha sobrinha, com os seus 8 anos acabadinhos de fazer, estava numa ansiedade que só vista. Proferiu frases como: "Tia, parece que tenho as pernas a tremer.", "Mas porque é que o tio está a demorar tanto para estacionar o carro?", "E se nos atrasamos?".

 

1.png

 

 

Com um bocadinho de atraso, que à B. pareceu uma eternidade, o concerto lá começou. Enternecedor. Intimista. Encantador. Miguel Araújo foi tudo isso, com as suas letras e algumas músicas que ele foi buscar a quem o inspira. Para mim, o momento alto da noite foi quando o Miguel cantou País do Gelo, de Rui Veloso. Não conhecia a música e a interpretação que o Miguel fez arrebatou-me. 

 

2.png

 

 

E a B.? A B. estava a cair de sono.  Fez um esforço enorme para se manter acordada e conseguiu. E no final ganhou uma dose de energia vinda não sei de onde. Quando lhe disse que já podíamos ir para casa, ela respondeu-me:

- E o meu desenho?

- Ainda queres tentar entregar o desenho, não tens sono?

- Claro que quero entregar, tia!

 

Conclusão: lá perguntei a um dos técnicos da equipa do Miguel se era possível entregar-lhe o desenho dela e ele disse que se esperássemos uns 10 minutos ele viria recebê-lo pessoalmente. Deveriam ver a cara da miúda. Entre a vergonha e o entusiasmo lá esperou. E não só entregou o desenho, como lhe disse: "Desculpa, fiz para ti, mas foi um pouco à pressa.", tirou foto e ganhou dois beijinhos. 

Quando entrou no carro: "Nem acredito que isto me aconteceu. Foi o melhor dia da minha vida. Tia, podes enviar a foto à mãe? É que eu quero pô-la no meu quarto.". 

 

E foi isto. Momento únicos que não se esquecem. 

 

01
Fev19

É sempre tempo de amar

C.S.

Todas as idades são boas para amar. E a nova música de Luísa Sobral vem concordar com esta afirmação. Mais. Esta música é uma espécie de ode ao amor. 

 

Vejam o vídeo. Inspirem-se. 

 

Tenham uma ótima sexta-feira e amem muito. 

Afinal, fevereiro é o mês do amor, certo?

17
Jan19

Ajudem-me, estou viciada nesta!

C.S.

Já ouviram esta nova música do António Zambujo? É linda.

Atentai, minha gente!

O curioso é que, quando a ouvi com ouvidos de ouvir, disse para o A.: "Esta letra... Esta letra foi escrita pelo Miguel Araújo!" e com uma rápida pesquisa no Google o meu palpite tornou-se certeza. Que grande dupla que eles são! Adoro!

 

E adoro especialmente estes versos:

Amadeu desanimou

Um dia quis ver o céu

Benzeu-se com o chapéu 

E voou.

 

Isto é poesia. Quem me dera escrever assim, é o que vos digo, meus amigos...

 

16
Out18

Uma canção fofinha

C.S.

O trabalho tem sido muito e cansativo, sobretudo, porque o meu nariz continua no seu retiro, abandonou-me e deixou-me a respirar mal. A voz continua enrouquecida e os lenços de papel têm sido os meus melhores amigos.

Imaginem como é dar aulas a 25 miúdos nestas condições... 

Cansativo! Mais que o normal... 

Nestas alturas é que compreendo como a minha profissão é exigente para as minhas cordas vocais. 

 

Por isso e porque não quero terminar o dia com baixo astral, decidi vir aqui partilhar convosco uma canção bem fofinha. 

És todas as histórias

E todos os clichés

Todos os romances de era uma vez

És o amor eterno

De Pedro e Inês

Coisa mais bonita que Deus fez

 

Nesta canção as vozes de Carolina Deslandes e António Zambujo casam na perfeição. 

 

Tenham um ótimo final de dia. 

27
Jul18

A música portuguesa está bem de saúde e recomenda-se

C.S.

cerebro-notas-musicales.jpg

(Imagem aqui)

 

Se há assunto sobre o qual eu sou leiga é a música. O A. costuma rir-se de mim porque é comum bater palmas completamente fora de ritmo, imaginem só. É vergonhoso, eu sei. E, no entanto, adoro música.

Acho que não passa um dia sem que ouça música. Fala-nos diretamente ao coração e tem o poder extraordinário de conseguir mudar o nosso humor. Fantástico, não?

Sempre gostei de música portuguesa e, apesar de ter as minhas preferências internacionais, há uns quantos artistas nacionais que admiro e é frequente pagar para ir aos seus concertos. Por isso, é com muito agrado que vejo que a música nacional está de vento em popa. Novos nomes surgem e com eles novas canções. 

Há dias ouvi na rádio a canção de Tiago Nacarato, A dança, e fiquei imediatamente rendida à sua voz melodiosa. Claro que também não fiquei indiferente à letra da música, (fofinha, fofinha, fofinha), que nos coloca um sorriso no rosto quase instantaneamente. Confirmem aqui: 

Os azeitonas também colocaram, há relativamente pouco tempo, novo trabalho no mercado. E é verdade que deles já estamos sempre à espera de muita qualidade, não é menos verdade que havia alguma expectativa em torno deste trabalho, uma vez que era o primeiro da era pós-Miguel Araújo. Não sei o que vocês acham, mas eu não fiquei em nada desiludida e a cada vídeo que eles lança ainda me deixam mais contente. O último foi o da canção Oito e Meia e é uma obra de arte que dura 5:02 minutos. O vídeo remete-nos para um cenário de jogo arcade. Qual Super Mário, qual carapuça! Agora temos Oito e Meia dos Azeitonas. Se não viram ainda, têm aqui a vossa oportunidade e nem é preciso Insert Coin

 

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