A dúvida que persiste
Em novembro de 2017 pedi-vos prós e contras sobre um assunto delicado: filhos. Praticamente passou-se um ano e eu estou exatamente na mesma em relação a este tema. E não sou só eu, claro. Eu e o A.
Existem momentos em que eu nem penso no assunto, mas depois lá vem outra vez à memória e as dúvidas são sempre as mesmas. É um assunto sobre o qual gostava tanto de ter uma resposta clara, mas não tenho, longe disso.
Se sou incapaz de dizer que tenho 100% de certeza que não quero ter filhos, sou igualmente incapaz de afirmar que os quero ter e quando quero que isso aconteça.
Tenho 32 anos. Quer queiramos, quer não a idade neste assunto conta, sobretudo nas mulheres.
Se eu fosse perguntar à C.S. de 20 anos, sei exatamente qual seria a resposta dela: "claro que sim, claro que vou ter filhos." Então o que mudou?
Eu mudei.
A forma como vejo o mundo mudou.
O que sonhava aos 20 transformou-se.
Apaixonei-me. Casei-me. Amo e sou amada.
A verdade é que não sentimos a falta de mais ninguém.
Toda a gente diz que os bebés são lindos, cheirosos, maravilhosos, que trazem alegria sem fim, (e eu concordo com tudo isto). Mas...
Há sempre um mas...
O mas da responsabilidade, do medo que se ganha, das noite mal dormidas, do dinheiro muito mais racionado, dos horários, da falta de tempo para as nossas próprias necessidades, das despesas acrescidas quando se viaja...
Um mas que pode não significar nada quando a criança disser "mamã" ou "papá", mas que para mim ainda pesa muito. Na verdade, ainda é um mas gigante.
Tenho consciência que estas dúvidas podem nunca desaparecer e que o tempo pode ir passando e eu ficarei à espera de uma resposta que nunca chegará. Mas como se pode dar o passo em frente com estas interrogações e inquietações?
(Imagem aqui)
Alguém por aí com as mesmas dúvidas?
Alguém por aí que tenha 100% de certezas no que toca a este tema?
(Ah!...já agora... É imaginação minha ou a maternidade está na moda no instagram? Tudo o que é blogger está grávido ou tem um bebé. Sonhei?)
Tenham uma ótima semana.