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há mar em mim

13
Nov20

2020 - o filme de péssima qualidade

C.S.

Muito se dirá sobre este 2020 no futuro. Muito se tem dito sobre ele no presente. Independentemente da forma como tem afetado cada um de nós, creio que será difícil encontrar alguém que o considere um bom ano. Estamos todos mais do que prontos para nos despedirmos dele e, de preferência, sem grandes alaridos, porque não há grande coisa pela qual celebrar. 

Em março, fui das primeiras a ser enviada para casa. Quando toda a gente foi posta em casa eu levava uma semana e meia de confinamento, porque surgiu um caso no meu local de trabalho. Foi um mês duro. Muito duro. E a bem da minha sanidade mental desliguei-me das notícias. E depois da TV. 

Passados tantos meses (parece que passou uma vida) continuo a querer saber o mínimo. Mas na era da informação rapidíssima tudo se sabe, não é? 

Ontem o meu concelho passou a estar sinalizado. E este mau filme de ficção científica, em que estamos metidos, parece não ter fim. 

Olho à minha volta e o que vejo é gente resignada. Estamos por tudo. Parece que 2020 nos quebrou inevitavelmente.  

Mas este ano maldito vai perseguir-nos muito mais do que desejamos. Porque vai deixar marca na nossa memória e na forma como nos relacionamos. E porque nos vai meter numa crise económica sem precedentes. 

E esta sou eu... A não querer pensar muito no assunto. A não querer dar muita importância. A não querer valorizar os problemas... Mas como fugimos desta longa metragem horrível em que nos meteram?! 

20
Mar18

O que mais me comove no mundo

C.S.

O que mais me comove no mundo é o amor.

Em todas as suas formas. 

Por mais ingénuo e banal que possa ser este pensamento, é genuíno. 

O amor não se gasta. 

É absolutamente intemporal.

Pensem nos romances que sobre ele já se escreveram.

Nos filmes que o retrataram. 

Nas canções que o imortalizaram. 

O amor é o combustível do ser humano.

O que nos move.

Cada dia. Todos os dias.

Vivemos para amar, porque não sobrevivemos sem amor. 

Somos dependentes de amor desde o primeiro momento em que começamos a existir. 

E à medida em que nos vamos desenvolvendo, também a nossa capacidade de amar vai sendo aumentada. 

Moldada.

Até que começa a ser expressada.

Sem amor só restaria atrocidade no mundo. 

Se não amasse, a raça humana já teria sido extinta há muito. 

E o mais maravilhoso e assombroso, tudo de uma só rajada, é que nós conseguimos ensinar a amar. 

O ser humano, que é capaz das mais pavorosas ações, possuí a grandiosa capacidade de instruir para o amor. 

Nós conseguimos curar-nos.

Assim o desejemos.

Amando. 

Tão simples amar!

Tão complexo como amar...

Amando!

Curando.

Amando em nós. 

Amando por nós.

Amando para nós.

 

O que mais me comove no mundo é, sem dúvida, o amor...

 

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(Imagem aqui)

 

14
Mar18

Um sentido para a vida

C.S.

Todos nós, sem exceção, procuramos um sentido para a nossa existência. Uns fazem uma procura deliberada, outros tentam encontrá-la sem saber. 

Há quem se resigne. Há quem nunca desista. 

E esta busca louca faz-nos viver numa espécie de limbo. Um lugar de ninguém. 

Certamente que não é a meta, mas também já não é a casa de partida. 

Uns rezam.

Uns viajam.

Uns defendem causas.

Uns matam.

Uns dão vida. 

Uns perdem-se para sempre.

Uns tratam dos que os rodeiam.

Uns isolam-se.

Uns debatem futebol como se nada mais importasse.

Uns casam.

Uns ficam para sempre sós.

Uns são ricos.

Uns são pobres.

Uns enlouquecem.

Uns...

Todos nós. 

Seria mais fácil, a vida, se soubéssemos de antemão o que queremos atingir?

Alguma vez nos resignaríamos à simplicidade? 

À aceitação?

À calma? 

É a vida mais preenchida quando andamos à procura de algo que desconhecemos? 

O que queres?

O que quero eu?

Inspiro.

Expiro.

Inspiro.

Expiro.

Espero que passe. Que não volte...

Que seja desta!

Espero...

E tudo recomeça.

 

(Imagem aqui)

04
Jun17

A Parrachita precisa de atenção

C.S.

Maria Vieira voltou às luzes da ribalta. Na semana passada criticou, não, ofendeu forte e feio o Salvador Sobral. Esta semana, para que não volte a cair no esquecimento, defendeu Trump. 

Não me venham dizer que a senhora não quer publicidade gratuita, porque quer. Atacou a pessoa que se tornou adorada por todos em Portugal (e não só) e saiu em defesa do vilão do momento. 

Não tenho dados concretos e também tenho de confessar que vejo pouco os canais nacionais, mas arrisco-me a dizer que a senhora há uns aninhos que anda na sombra, pouco ou nada aparece e deve ter agora começado a sentir a falta de atenção. Assim sendo, engendrou um plano para conseguir ser notícia e a verdade é que está a conseguir. Não me parece que consiga ser popular, mas que está a ter atenção, lá isso, é inegável. 

É a velha máxima: "Falem bem ou mal de mim, mas o importante é que falem". Bravo, Parrachita, continua assim. Talvez o Trump de adote como mascote. 

(Imagem aqui)

 

 

10
Fev17

Notícias que me deixam à beira de um ataque de nervos

C.S.

Pelo título conseguem adivinhar ao que me refiro?

Li isto. Várias vezes. Não queria acreditar. 

Sinto que o mundo está em pleno retrocesso e custa-me a acreditar. Despenalizar a lei da violência doméstica em pleno ano 2017?! Como é isto possível???

Trump, Le Pene, Putin, Estado Islâmico, Coreia do Norte... Não consigo deixar de estremecer ao pensar nesta mistura explosiva. 

Ainda nem 80 anos passaram da atrocidade que foi a segunda guerra e eu vejo uma série de lunáticos desejosos de voltar a semear o medo, de voltar a instigar à violência, ao racismo, à xenofobia. Desejosos de medir forças, apontar o dedo, descriminar. Ávidos de sangue e de que os seus nomes fiquem associados a feitos que ocupem lugar na História pelas piores razões. 

Esperava que o mundo evoluísse positivamente e que as várias atrocidades por que já passamos não se voltassem a repetir, mas o cenário não está nada favorável. Temos um planeta extraordinário, que nos oferece a possibilidade de viver uma vida plena, mas os seres humanos nunca estão satisfeitos e não olham a meios para atingir os seus terríveis fins. 

 Imagem retirada daqui.

27
Jan17

O mundo doente

C.S.

O mundo doente.

Demente.

Frio, rasgado.

O mundo solitário.

Temerário.

Abandonado, desgastado.

O mundo sofre.

Em silêncio. Sangra.

E eles vão rindo.

Vão delirando.

Vão gostando.

O mundo que já não foge.

Que eclode.

Vingativo.

O mundo que acaba.

Não hoje.

Primeiro eles.

O mundo que ri, tímido.

Depois...

Rancoroso.

Amargo.

O mundo que engole

Quem o cuspiu.

 

 

saude-escuro.jpg

 

(Depois de ler algumas notícias de hoje e sabendo que hoje se assinala o dia em memória das vítimas do Holocausto, não consigo mais que isto.)

16
Jan17

Marrocos, o primeiro país Islâmico a proibir a burqa

C.S.

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Li este fim-de-semana, (aqui: http://expresso.sapo.pt/internacional/2017-01-14-A-proibicao-da-burqa), que Marrocos proibiu oficialmente o uso e comercialização da burqa. Esta notícia tem ainda mais impacto por se tratar de um país Islâmico e que vê no uso da burqa uma oportunidade para o crime crescer, já que, dadas as características da indumentária, é impossível saber quem está debaixo de tal traje.

Eu fiquei feliz com esta notícia porque considero ser um passo importante. Acho o uso da burqa uma verdadeira afronta aos direitos da mulher. Por muito que se diga que a mulher até pode estar de acordo com o uso desta vestimenta, por questões religiosas ou tradicionais, a verdade é que eu não consigo deixar de pensar que esta foi apenas mais uma forma que o homem inventou para subjugar a mulher. Desconfio que não há nenhuma forma divina, (Deus, Alá, Shiva…o que for), a exigir que a mulher saia à rua completamente irreconhecível, apagada de qualquer identidade. Acredito, também, que se alguma mulher julga que concorda com estes princípios o faz por medo. Medo de enfrentar o marido, o pai, as regras da sua sociedade.

Algo que me surpreendeu ainda na notícia do Expresso (pois era um dado que eu desconhecia totalmente), foi descobrir que nos anos 60 e 70, em países como o Irão e o Afeganistão, as mulheres vestiam-se com liberdade, ou seja, podiam usar biquíni, minissaia, vestidos e tudo aquilo que lhes aprouvesse, até podiam andar com os cabelos ao vento. Ora, se assim era, o que mudou? O que mudou foi a ascensão dos fundamentalistas islâmicos, que entre muitas outras coisas horríveis, voltaram a aprisionar os direitos das mulheres, guardando-lhes um papel completamente submisso.

Há dias em que é difícil acreditar que o mundo pode melhorar, basta olhar à nossa volta, ver as notícias na tv ou ler as gordas de um qualquer jornal, vivemos tempos controversos, onde o ódio parece ganhar terreno, mas depois acontece algo que nos faz manter a esperança. Eu vou acreditando. Continuo a acreditar que a humanidade conseguirá sobrepor o bem ao mal, parece um pensamento muito infantil, mas temos de nos agarrar a ele, pois no fim de contas tudo se resume entre o bem e o mal, o certo e o errado.

 

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