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há mar em mim

21
Jan19

A minha Bucket List

C.S.

Hoje é segunda-feira e em vez de passar o dia a lamentar-me decidi parar e pensar um pouco sobre a minha Bucket List, que é como quem diz: a lista de coisas que gostaria de fazer antes de morrer. Nunca fiz nenhuma e parece que hoje será o dia. 

 

Acho gira esta ideia de lista de desejos. Creio que é importante ter sonhos e não deixar que eles morram e organizá-los ajuda-nos a ter uma ideia do caminho que temos de percorrer. Na Bucket List cabe tudo, não há ideias demasiado loucas ou impossíveis, porque os sonhos não têm limites, como vocês sabem.

 

Sonhar não custa e aproveitar o momento também não. Deixo-vos uma das frases mais célebres de umas das minhas séries preferidas de sempre que creio que ilustra bem o espírito de uma Bucket List.

(Imagem aqui)

 

Quem quer viver 100 anos sem ter vivido realmente? Ninguém. Não é? Por isso temos que fazer com que o nosso tempo valha a pena. 

 

Vamos lá à minha Bucket List:

 

1. Conhecer, pelo menos, uma cidade de cada país da Europa.

2. Ir a Nova Iorque.

3. Passar um Natal num Chalé nas montanhas.

4. Ir ao México.

5. Visitar Machu Picchu.

6. Ir a Cuba.

7. Fazer um Safari na Tanzânia.

8. Escrever um livro.

9. Ver uma aurora boreal. 

10. Ir ao Brasil. 

11. Viajar pelo Sudeste Asiático.

12. Saltar de paraquedas.

13. Ver a palavra "Hollywood" em Los Angeles. 

14. Mudar de cidade.

15. Ver o céu estrelado no deserto.

16. Andar de helicóptero. 

17. Nadar nas águas de Zanzibar.

18. Conduzir umas centenas de kilómetros na Route 66. 

19. Ir a um restaurante que tenha estrelas Michelin.

20. Viajar pelas Cinque Terre.

21. Mergulhar na Lagoa Azul na Islândia.

22. Fazer uma viagem sozinha. 

23. Fotografar um pôr-do-sol na África do Sul. 

24. Comprar uma mala icónica e intemporal. 

25. Renovar os votos de casamento quando celebrarmos 25 anos. 

 

14
Ago18

Conversas de uma tarde de verão

C.S.

Há dias calhou perguntar a alguém o que preferia:

- A casa dos teus sonhos ou fazeres uma volta ao mundo?

A pessoa em questão ouvia-me com atenção, sorriu e respondeu sem hesitar: 

- A casa, claro.

 

Eu já sabia que a resposta seria essa. Conheço a pessoa a quem dirigi a pergunta demasiado bem. Educou-me. Transmitiu-me valores. Sei o que a faria feliz. E sei que na minha família a maioria, se não todos, daria a mesma resposta. 

 

- Eu escolheria viajar, sem dúvida. Sem qualquer tipo de hesitação. Já viste como o mundo é grande e ao mesmo tempo tão pequeno que nos é acessível? Quem me dera poder conhecer o maior número de pessoas e culturas... 

(Imagem aqui)

 

E entretanto calei-me. Fiquei por aqui. O que eu estava a dizer, o que eu pudesse argumentar não iria fazer sentido para o meu interlocutor.

Respirei fundo... Fechei os olhos e pensei: não há nada que me ensine tanto quanto viajar. Ir a outros lugares proporciona-nos a oportunidade de nos tornarmos mais humildes e tolerantes, permite-nos relativizar e ajuda-nos a ter cada vez mais empatia e compaixão. 

O que nos ensina uma casa grande? O que nos faz enquanto pessoas um carro da marca X, Y ou Z? Muito pouco ou nada. 

Por outro lado, compreendo muito bem a escolha da casa. Vinda daquela pessoa, conhecendo o contexto em que cresceu e a forma como foi educada, sabendo as privações por que passou, sei que a resposta não poderia ser outra. A casa seria para si um sinónimo de estabilidade, uma forma de deixar de contar tostões, a realização de que havia alcançado algo, visível e palpável.

Compreendo-o. Compreendo-te, pai. Quem me dera poder dar-te a tua estabilidade e segurança. Sei que achas que a resposta que eu te dei é uma perfeita loucura. Mas de alguma forma, quando eu comecei a entender a dimensão daquilo que nos rodeia e a compreender que não temos de nascer, viver e morrer no mesmo sítio, um mundo novo abriu-se para mim e jamais quero que ele se feche. 

Apercebo-me agora que as últimas três ou quatro gerações da nossa família têm vivido confinadas entre quatro paredes. E sabes o que eu sinto? Uma enorme vontade de parti-las todas. A primeira já foi e já consegui rachar a segunda. 

Não há nada como a sensação de sentirmo-nos livres. 

Eu posso ir onde eu quiser. 

(Imagem aqui)

 

 

 

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