As minhas grandes descobertas de 2020
Se há coisa que eu gosto de fazer é ler um bom livro. Mas isto que agora afirmo aqui, com tanta certeza, andou um pouco esquecido, mais tempo do que eu gostaria. Perdido entre as exigências laborais e a tentadora Netflix, que se apresenta sempre como um bom plano para o tempo que temos livre. No entanto, eu queria mesmo ler mais. Sentia essa necessidade e nem tinha bem noção disso.
No final de 2019 não fiz grandes resoluções de ano novo, mas disse a mim mesma que tentaria incluir a leitura nas minhas rotinas, cheguei até a pensar que idealmente conseguiria ler 12 livros, um por cada mês.
E depois? Depois a vida aconteceu.
Em janeiro li um livro pequenino - Distância de Segurança, que comprei em promoção no supermercado. Li-o rápido e apesar da história não ser marcante foi um passo para concretizar o meu objetivo.
A seguir, decidi instalar a app Kobo no meu telemóvel e o primeiro livro que comprei foi de uma autora portuguesa que eu não conhecia, Helena Magalhães. Comprei o Raparigas Como Nós porque me prometia uma viagem, um regresso ao final dos anos 90 e início dos 00, era um regresso ao passado e a história cativou-me desde as primeiras páginas.
E foi aqui, numa manhã fria, mas solarenga de janeiro, enquanto tomava o pequeno almoço numa pastelaria após ter ido fazer análises, que fiz as duas grandes descobertas de 2020 sem o saber ainda. Descobri a Helena e a Kobo, a quem atribuo a grande responsabilidade de ter lido não 12, não 15, não 20, mas sim 42 livros em 2020. 42!
Passo a explicar, após gostar tanto do livro da Helena fiquei curiosa e fui fazer o que toda a gente faz hoje em dia: pesquisei o nome dela no google e no instagram. Comecei a seguí-la no IG porque me identifiquei logo com os seus conteúdos e passados uns dias percebi que ela era a responsável pelo Bookgang , um livraria online que é muito mais que isso, uma vez que não vende apenas livros, incentiva verdadeiramente à leitura. Uma espécie de Clube do Livro digital. Uma verdadeira comunidade de amantes de livros no Instagram. A Helena teve a brilhante ideia de criar caixas mensais com livros (novos lançamentos, sobretudo) sugeridos por ela. E são tão bons!
E o kobo? Em fevereiro eu ainda pensava que iria de férias para o México na Páscoa (Ah!... a inocência!) e comprei um Kobo, com o intuito de ler nas férias, mas não ir carregada com livros para o outro lado do Atlântico.
Covid, pandemia, confinamento... Já sabem. Não se concretizou o México, mas a vontade de ler foi crescendo de mês para mês, embalada pelas sugestões da Helena, que é uma pessoa super simpática, acessível e que quer fazer a diferença nos hábitos de leitura em Portugal, fui lendo cada vez mais. Comprei livros no Bookgang e comprei livros na Kobo. Fui gerindo, porque gosto muito de ler em papel e aqueles livros que nos chegam ao coração, esses queremos nas prateleiras de casa, para guardar para sempre e sorrir quando olhamos para eles, mas o Kobo é tão prático que já não vivo sem ele. Há espaço para as duas modalidades. E sobretudo, há sempre espaço para a leitura nas nossas vidas.
(Imagem aqui)
Quanto aos livros que mais gostei? Fica para outro post.