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há mar em mim

16
Abr19

A minha opinião é melhor que a tua!

C.S.

Como foi que o ser humano se tornou tão arrogante? Sempre fomos assim ou a internet, através da segurança de uma comunicação à distância, indireta, está a fazer com que esta nossa faceta se acentue? 

Vivemos num tempo em que a lamentação pela destruição de um monumento histórico e icónico é considerada estúpida por uma fatia da população, que vê a sua voz ganhar ainda mais força quando se recorre à violência verbal para a contestar. Não há lugar a debates de ideias, não se ouvem e contrapõem opiniões. Não. Neste nosso tempo não há lugar para interrogações. Ditam-se certezas. Aponta-se o dedo. Todos querem ter razão, mas ninguém se ouve.

Parece que deixou de haver respeito por uma opinião contrária à nossa. Estamos tão centrados nos nossos próprios umbigos que não queremos admitir que alguém possa discordar de nós. 

(Imagem aqui)

Eu nunca fui a Paris, infelizmente. É uma cidade que está nos meus planos desde sempre, mas essa viagem ainda não se proporcionou, no entanto, ontem, quando vi em direto a Torre da Catedral de Notre-Dame cair arrepiei-me.

Arrepiei-me porque estava a ver um dos monumentos mais importantes da Europa a cair.

Arrepiei-me porque me lembrei de ver em direto as Torres Gémeas, de Nova Iorque, a cair.

Arrepiei-me porque nunca vi a Catedral de Notre-Dame e temi que não pudesse vir a fazê-lo.

Arrepiei-me porque achei simbólico aquele monumento estar a arder num momento em que a Europa parece tão fragilizada. 

A estudante de humanidades que há em mim reagiu àquelas imagens. Contudo, aceito que para outras pessoas aquele momento nada tenha significado. Mas têm essas pessoas direito a ofender-me pelo que senti? Tenho eu motivos para desprezá-las? Não. Não. E não. 

Se há valores que temos de passar às gerações mais novas são o respeito e a empatia, por isso temos a responsabilidade de trabalhá-los diariamente. Não se esqueçam que os miúdos aprendem o que lhes é ensinado, mas também aquilo que veem fazer. Se calhar, está na hora de começarmos todos a olhar para os nossos comportamentos e os comportamentos daqueles que nos são mais próximos e, tentar, começar a corrigir o que está mal. A bem de todos. 

Falemos cara a cara, ouçamos, argumentemos, ripostemos, mas acima de tudo, respeitemo-nos. 

 

 

 

20
Out18

As saudades que não tenho do facebook

C.S.

Deixei o facebook no final de 2017. Que bela decisão!

A verdade é que não senti qualquer vontade de lá voltar. Acho que o facebook se tornou tóxico. Continuo convicta de que tomei uma decisão acertada no que concerne a este tema. 

Mas apercebo-me agora que ao estar afastada da rede social que mais promove a má língua também estou afastada dos assuntos que geram polémicas, eu diria mesmo, parvas. Sejam sobre as crianças darem beijinhos ou não, seja sobre uma pessoa que nem chega a ser cantora pimba, a verdade é que estou bem a Leste. E como estou bem!...

Só chego a saber que estes temas estão em discussão, (vá-se lá saber porquê?!), por uma ou outra piada que surge no instagram ou twitter, mas nunca sei verdadeiramente a razão de andarem a agastar metade da população. E não imaginam como é bom não saber das parvoíces incompreensíveis da nossa sociedade... 

Que leveza, senhores, que leveza! 

 

(Imagem aqui)

03
Jan18

O que é que não trouxe comigo para 2018 e começa por F?

C.S.

Se a vossa resposta foi Facebook, parabéns, acertaram em cheio. 

 (Imagem aqui)
 

O Facebook foi, durante muito tempo, A rede social. Não havia nenhuma que lhe fizesse frente. Mas isso mudou, pelo menos para mim. E não só para mim. Julgo, sem ter quaisquer dados, que esta rede social está num período de decadência. 

Há muito tempo, diria que há mais de um ano, que o Facebook me andava a incomodar. 2017 foi, muito provavelmente, o ano em que menos publiquei no Facebook e eu nunca fui de publicar muito. 

Esta rede social tornou-se um palco de vaidades, um local onde as pessoas gostam de aparentar e mostrar muito mais que a realidade. O Facebook tornou-se o espaço das vidas idealizadas.

Começou a incomodar-me que todos achem perfeitamente normal partilhar o que almoçam, a que horas escovam os dentes ou as declarações de amor que deveriam ser feitas em privado, mas que passaram a ser acessíveis a todos, chegando à ridícula situação de se dedicarem palavras a recém-nascidos, escritas na segunda pessoa do singular, como se o bebé fosse ler aquela mensagem. 

Há quatro dias que não tenho Facebook e foi a melhor decisão que tomei para este início de ano. Não sinto qualquer necessidade de aceder a um espaço que desvirtua a realidade e está sempre pronto a acusar sem olhar a meios. A rede de Zuckerberg tornou-se um espaço de acusações fáceis e que não necessitam de fundamento. 

Quantas notícias falsas circulam por lá sem que ninguém questione a sua veracidade? É de tal forma que há uns meses alguém decidiu partilhar comigo a notícia de que iria abrir uma Disneyland em Loulé, pensando, claro está, que a notícia era verdadeira e que ia alegrar os meus dias. Isto já para não falar das mensagens em corrente, que caso não sejam (re)passadas trarão 20000 anos de azar. 

No último dia do ano de 2017 decidi dizer basta. Basta de Facebook. Sem direito a despedidas, saí de fininho, como quem sai de uma festa tremendamente aborrecida. 

 

 

Não se esqueçam de participar no desafio que vos lancei ontem. 

Beijocas e bom dia!

07
Out17

Instagram: a minha rede social favorita

C.S.

Boa tarde! 

 

Como estão? Ontem deu-me uma preguiça tremenda e não passei por cá.

Mas posso-vos dizer que tive um final de tarde simplesmente espetacular, ou seja:

- maravilhoso pôr-do-sol;

- a melhor companhia;

- petisco bom;

- oportunidade de fazer duas ou três fotos giras. 

 

Centremo-nos nas fotos. Eu não sei se já vos contei, mas eu adoro fotografias, é algo que sempre adorei, desde miúda que me fascina poder captar um instante, um segundo para sempre. E uma foto diz-nos tanto.

Por isso, é fácil de compreender que o instagram é, sem dúvida, a minha rede social favorita. Descobriu-o tarde, é certo, mas já não vivo sem ele. Encanta-me, sobretudo, a oportunidade que me dá de poder apreciar o trabalho de alguns fotógrafos que por lá andam. E andam muitos. Muitos e bons. Alguns são mesmo soberbos. 

 

(Imagem aqui)

E eu também tenho uma conta. Muito modesta, mas que vou enchendo com as melhores fotos que consigo tirar, recorrendo ao meu telemóvel, que por acaso tem uma câmara que não é nada de especial, mas que desenrasca (é um asus Zenfone3 max).

 

Mas tem crescido em mim a vontade de comprar uma máquina fotográfica...  (Ando com duas de baixo de olho...) E ainda que não seja a máquina que vai fazer de mim melhor ou pior apaixonada pela arte da fotografia, acredito que pelo menos me dê mais possibilidades ou razões para procurar novos ângulos, perspectivas e cores... 

 

Vejam a foto que tirei ontem ao pôr-do-sol: aqui. (E podem sempre seguir-me no Instagram, fica o convite...)

 

 

 

12
Set17

Estamos realmente mais livres?

C.S.

Há algum tempo que esta pergunta paira na minha mente e explico-vos já a sua razão de ser: as redes sociais.

Estou convicta de que as redes sociais nos aprisionaram mais do que nos libertaram, isto porque hoje em dia é muito fácil ser-se julgado.

Creio que hoje, antes de se opinar sobre o que quer que seja, há uma maior preocupação com o impacto que terá a nossa forma de ver determinada questão. E é triste, pois o debate é algo saudável e que nos faz crescer e aprender em todas as idades.

 

Veja-se os miúdos em idade escolar que pautam os seus comportamentos em função daquilo que acham que terá mais "likes" e assim se vai perdendo a genuinidade e, também, a criatividade.

Há uns tempos li ou ouvi um pediatra a defender que os pais não deveriam ter medo que os filhos se aborrecessem nas férias ou sentissem que não tinham nada para fazer, pois seria a partir desse ponto que eles iriam estimular a sua capacidade de imaginação e engendrar um plano para se manterem ocupados. E ainda que não me lembre o nome da pessoa que defendeu esta teoria, dou por mim a concordar com ela. Uma vez que me parece que os pais têm mesmo algum receio de que as suas crias sintam uma pontada de tédio.

 

Infelizmente, não me parece que estejamos mais livres, pelo menos deste ponto de vista que vos apresento. Mais do que nunca teme-se a exclusão, seja do facebook ou do grupo "x" do whatsapp, faz-se o que for preciso para se estar na moda e corresponder aos desafios que as redes nos propõem. Só dessa forma se explica o sucesso de desafios com baldes de gelo, ingestão de colheradas de canela, traquitanas que giram nas pontas dos dedos ou levantar os braços à frente da testa.

 

Veja-se a quantidade de pais que colocam fotos dos filhos na rede, contudo, muitos tapam-lhes a cara com emojis. Havia necessidade disto? Não! Mas sentem que têm de demonstrar o amor que têm aos filhos via facebook ou algo semelhante, como se, caso não o fizessem, temessem que alguém os acusasse de má parentalidade.

 

Ainda assim, considero que as redes sociais são mais positivas que negativas, todavia, acabam por constituir uma espécie de ditadura dos tempos modernos. E isso não deixa de ser preocupante e alarmante.

(Imagem aqui)

 

01
Set17

4. Coisas parvas (que eu penso)

C.S.

Passeando pelo facebook, sapoblogs, twitter ou instagram compreendemos com facilidade que todos estamos (se não estão deveriam ter vergonha e estar!) de luto.

Luto pelo finado verão, que ainda não acabou, mas que parece ser chique considerar que sim. Todas as alminhas mais "in" têm de possuir nas suas redes socais dois posts: um de despedida do mês de agosto e um de olá ao mês de setembro, como se de um verdadeiro ritual de passagem de tratasse.

Todos devem retirar um tempinho do seu tempo para falar com os meses, porque se assim não for são as ovelhas ranhosas das redes e ninguém quer esse temido título. E aviso-vos que se só agora vão meter mãos à obra já vão tarde e terão de esforçar-se muito, porque as redes já estão inundadas de lamentos.

 

- E tu, C.S.?

- Eu? Vou preparar-me para o funeral...

6tag_200117-115041.jpg

 Aqui mesmo! Deixem-me só ajeitar bem a toalhinha... Ah! Já está...

E o fim-de-semana à porta...

 

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