17. Coisinhas que me irritam
Bom dia!
Acreditam que não vos trazia uma irritação desde agosto?
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É verdade, eu própria fiquei incrédula. E não se deixem enganar, não é sinal de que tenha andado super zen, nem nada do género. Adiante...
Devo dizer-vos, porque eu gosto sempre que vocês saibam a verdade, que lutei bastante contra esta irritação. Tentei ignorá-la. Tentei camuflá-la com a alegria das festividades. Tentei de todas as formas, acreditem. Mas não consegui. Portanto, aqui me têm, a uma segunda-feira gélida, a admitir que falhei e que não aguento mais ignorar este assunto...
Mas como é que é possível que dinheiro da Santa Casa seja usado para salvar um banco?! COMO?!
Isto causa-me urticária. Isto deixa-me a hiperventilar. Isto dá-me vontade de escrever uma carta ao Marcelo!
Como?!
Se fossemos um país abundante em infantários, em lares condignos, com um serviço nacional de saúde de primeira, escolas de fazer inveja a qualquer país nórdico e forças de segurança pública bem artilhadas e treinadas para fazer frente a qualquer larápio, onde não existissem pessoas a dormir nas ruas e a passar fome, eu ainda poderia admitir que a Santa Casa de Misericórdia, uma instituição cuja missão é ajudar os mais carenciados, pudesse injetar, (como dizem os entendidos), uma quantidade de dinheiro astronómica numa instituição bancária. Mas não é o caso.
Como se explica, então, que tal aconteça? Como podemos ficar de braços cruzados a assistir, impávidos e serenos, a tal barbaridade? Como podemos achar que é normal que uma instituição de caráter social dê dinheiro a um banco? Como pode a classe política compactuar algo assim?
Tantas perguntas que ficarão por responder... O país está envolto num suposto otimismo. A crise parece ser um fantasma do passado. E este assunto acabará por cair no esquecimento.
(Imagem aqui)