Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

há mar em mim

09
Out22

Este tempo fugaz

C.S.

Vivemos num tempo apressado.
As horas sucedem-se e os dias e os meses e os anos. E nós não paramos.
Às vezes penso que nem nos é dado tempo para pensar. (Desculpem-me a redundância.)
Seguimos modas, pessoas, tendências...
Caímos no erro de querer capturar numa imagem todos os momentos e perdemo-nos nessa ânsia de não querer perder nada. Não paramos. Verdadeiramente. Não nos damos tempo para processar, assimilar e formar as nossas próprias opiniões. Parece-me que nos tornámos todos papagaios.
Há assuntos sobre os quais podíamos demorar um ano, ou muitos mais, a encontrar uma resposta. E mesmo assim não conseguir. E estaria tudo certo. Mas esta época não nos permite. Vivemos na era do fugaz. E mesmo sabendo que tudo se apaga não há tempo para refletir sobre nada disto.

O céu do final de tarde (de ontem).

20221008_191213.jpg

20
Dez18

É tempo para refletir, respirar e apreciar!

C.S.

É tempo de pausa. De correr apenas em direção a abraços apertados. 

É tempo para refletir. Pensar no que fizemos, arrumar e seguir em frente. 

É tempo para respirar. Apreciar os cheiros típicos desta época, deixá-los invadir-nos. 

É tempo de apreciar. Olhar à nossa volta, absorver e agradecer. 

Tenho andado num corrupio. Sem tempo para nada, sempre à pressa, sempre em stress e isso tem-se refletido até aqui, neste espacinho de que gosto tanto, mas que acaba por ser dos primeiros a ficar para trás quando não tenho mãos a medir. 

Já tenho todas as prendas de Natal compradas, fi-lo com tempo, já há alguns anos que adoto esta estratégia, comprar tudo cedo, para que o Natal - que adoro! - não seja mais um motivo de stress. 

O trabalho é que tem sido imenso. Desgastante. Mas agora está em pausa. Agora é para ver filmes, ler, beber bebidas quentes, ouvir músicas que nos enchem o espírito. Agora é para amar, dar, viver. Entregarmo-nos inteiramente. 

Deixem-se ir... E fiquem com esta intemporal. Linda. 

 

 

 

12
Nov18

É o tempo que nos faz

C.S.

O tempo é, para mim, um dos grandes mistérios do universo. 

Não é palpável. Muitas vezes não o sentimos e, no entanto, se olharmos com atenção conseguimos vê-lo.

Este fim-de-semana que passou vi O Tempo.

Vi-O.

Vi-o claramente. 

Pude observar a forma como ele passa por nós. Impiedoso. Acutilante. 

Vi-o nas rugas da minha mãe. 

Estava nos cabelos brancos do meu pai.

Transformou a minha irmã. Já não é a menina de quem tenho de cuidar. É agora outra coisa. Quase adulta, acho. Feliz, espero. 

Estava em casa dos meus sogros. Quase disfarçado. Mergulhando tudo numa espécie de decadência. 

Mostrou-se evidente nos meus primos... Nos de 5, 11, 21 e 40 anos. 

E quando o vi na minha sobrinha quase lhe implorei que andasse devagarinho. Que a deixe ser menina, inocente e feliz sempre. 

Muitas vezes não sei o que o tempo fez comigo. 

Sei que me moldou. 

Porque não para. 

Não volta.

Não se arrepende. 

O tempo que nos trespassa e repassa.

E corre. A um ritmo perfeito e só seu, que ninguém consegue acompanhar. 

O tempo que se ri de nós. 

Ano, após ano, na sua eternidade. 

Ri. Brinca. Faz o que quer. 

Deixa-nos viver.

Mas de vez em quando exibe-se.

Olha-nos nos olhos, só para nos lembrar que anda por aqui. 

Lembra-nos que, ao contrário de nós, é imortal. 

Que nós não temos tempo a perder.

(Imagem aqui)

 

07
Jun18

Lembram-se?

C.S.

Ainda se lembram daquele tempo em que toda a gente andava a dizer que íamos morrer secos porque nem uma gota de chuva havia caído e que já não tínhamos inverno?

 

Agora é só... 

- "saudades do verão"

- "primavera falsa"

- "já chega de chuva"

- "quero sol"

- "parece que estamos em novembro"

- "em dezembro vamos andar de manga curta"

- "vamos comer bolo rei na praia"

 

Parecemos bipolares, não parecemos? Tenham calma, pessoas. Ainda vos hei de ouvir dizer "está um calor que não se aguenta...". 

 

IMG_20180419_180104_201.jpg

 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Direitos de Autor

Todos os textos contidos neste blog, regra geral, são da minha autoria e, caso não sejam, serão devidamente identificados. Qualquer reprodução de um texto aqui publicado só poderá ser feita mediante a minha autorização. Para qualquer contacto ou esclarecimento adicional: hamaremmim@gmail.com Obrigada

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D