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há mar em mim

21
Fev20

Que coisas se sabem neste país, mas que se ignoram?

C.S.

Não me espanta esta notícia

Se não a quiserem ir ler, eu dou-vos o atalho: todos os arguidos, no caso da derrocada na estrada de Borba, (onde morreram cinco pessoas, se bem se lembram), - alegadamente - sabiam das condições em que a mesma se encontrava. 

Espantados? Eu não. 

Imaginam porque não? Porque trabalho numa escola que tem fendas assustadoras. Todos os dias professores, alunos e funcionários falamos do assunto. Os miúdos tiram fotos e fazem vídeos das fendas e vão partilhando entre si. Não pensem que são duas ou três. Não! São várias, por toda a escola, que parece que pode ruir a qualquer momento. É medonho. 

E não fazem nada? - pensam vocês.

Fazemos o que podemos, mas se calhar não o que devíamos (que na minha modesta opinião era fechar a escola por tempo indeterminado, até que o ministério da educação tomasse uma atitude). 

Já fechamos a escola em protesto, um dia. Alunos, professores e funcionários. O meu grande espanto foi que nem um encarregado de educação (E.E.) se juntou a nós, com exceção do representante dos EE.

Que efeito surtiu? Alguém, entretanto, foi à escola, viu, analisou e nada ainda foi feito. Disseram que é algo facilmente reparável. Pois, sim... Deve ser, deve...

Se a escola ruir e se se der um enorme acidente também irão concluir que toda a gente sabia do risco disso acontecer e nada se fez. Todos os dias, quando ando lá pelos corredores, penso nisto. 

Tal como várias pontes deste país estão em risco de ruir e toda a gente que deveria saber, talvez saiba e pouco ou nada faz. 

Tal como se sabe que ainda há imensas escolas cheia de amianto, e as consequências que isso pode trazer para a saúde, e nada é feito. 

Sim, se estão a pensar se a minha escola além de poder ruir tem amianto, a resposta é afirmativa. Está cheia dele. Se mesmo assim vou trabalhar? Vou. Vamos. E mais de 1000 alunos também andam por lá diariamente. 

 

Mas o ministro da educação ontem esteve no 5 para a meia noite, criou uma conta de instagram e passou a ser fixe. Sim, isso é que interessa. 

(Imagem aqui)

 

Tenham uma ótima sexta-feira. 

20
Fev20

A ideia que não larga

C.S.

Em janeiro fiquei doente. Nada de especial. Uma constipação. Fui ao médico porque tenho de ter cuidado quando fico com tosse, uma vez que já tive pneumonia e uma lesão num pulmão. Fiz a medicação e a coisa foi passando. Mas volta e meia lá vinha a dor de garganta, o pingo. Mal-estar no trabalho, que exige constantemente que fale. Uma moinha no ouvido. Andei assim o mês de janeiro e parte de fevereiro. 

Não estava propriamente doente, mas também não me sentia a 100%. Voltei ao médico. Uma inflamação chatinha e o sistema imunitário em baixo. Quatro dias de atestado médico em casa, para recuperar, para descansar. Uma pausa inoportuna mas necessária. 

É o que estou a fazer. 

Mas...

O que é que acontece?

É uma história que se repete, na verdade. 

Sempre que estou em casa, de férias ou por estar doente, há uma ideia que me persegue. Persegue é a palavra certa, porque ela parece que está hibernada, escondida quando eu ando embrenhada na rotina dos meus dias, mas basta que a rotina abrande e ela atinge-me. Sempre certeira. Ora de forma mais abrupta, ora de mansinho, às vezes até parece que através de sinais. E eu fico sempre meio perdida. Meio atrapalhada. Meio sem saber o que fazer.

A ideia é esta: o trabalho que estás a fazer não é para sempre. Pelo menos não é o que te realizará completamente. 

E é isto. 

Ano após ano. 

A puta da ideia não me larga. Dá-me um intervalo, mas parece que está colada a mim. 

(Imagem aqui)

25
Mai19

É fim-de-semana, mas não parece

C.S.

É fim-de-semana e eu estou agarrada ao computador e aos testes. 

Há semanas que os fins-de-semana não significam descanso e eu sinto o cansaço colar-se a mim até aos ossos. 

Estou mais que cansada. Estou farta. 

Maio tem sido intenso e cada novo dia tem trazido um novo desafio, com uma responsabilidade acrescida. 

E eu recolho-me. Não me mostro.

Tendo sempre a ser menos nestas alturas.

O tempo convida à praia, aos dias mais descontraídos, mas este ano ainda nem vontade tive de enfiar o biquíni ou pôr o pé na areia que é já aqui ao lado de casa...

Recordo.

No início do ano letivo disse, ao saber a minha colocação, que este ano me iria dar respostas às perguntas que não se calam. Mas o ano está a chegar ao fim e eu continuo com todas as perguntas e mais algumas.

Não terei sabido ler as respostas?

Não terei interpretado bem os sinais?

Terei ignorado?

Ou não quero ver?

É sábado e eu estou cansada.

É sábado e esperam-me quatro pilhas de testes para corrigir. 

Quatro pilhas, quatro turmas.

E para a semana há mais. 

(Imagem aqui)

22
Fev19

"Vocês sabem lá..."

C.S.

"Vocês sabem lá..." 

Já dizia a canção e digo-vos eu. Vocês sabem lá a loucura que eu tenho vivido a nível profissional este ano. As energias têm-me sido sugadas e eu fico sem tempo para mais nada. Daí a minha ausência. Daí o sentimento que tenho de que sobra muito pouco de mim para além do trabalho. E isso é horrível. 

Eu sou muito mais que a minha vida profissional. 

Felizmente, este fim-de-semana terei tempo para mim. Tempo para estar só comigo. 

E o que é que eu vou fazer? Estes são os meus planos:

- dormir até que me apeteça; 

- cortar o cabelo (há meses que não o faço);

- fazer as unhas;

- consumir a Netflix como se não houvesse amanhã;

- ver o mar;

- fazer um bolo;

- ver o Roma (porque no domingo há Óscares);

- escrever, pelo menos, um post no blog. 

 

Será muito isto. E só espero que estes dois dias que se seguem passem devagarinho. 

(Imagem aqui)

 

Bom fim-de-semana, gente gira.

03
Fev19

Domingo à noite? Como assim?!

C.S.

(Imagem aqui)

 

Acreditem ou não. Foi mais um fim-de-semana a trabalhar. Sinto que o tempo passou e eu aproveitei muito pouco dele. Ou nada?

Resultado?

Acho que estou tão ou mais cansada que na sexta-feira. 

Não há nada de positivo nisto, pois não? 

 

Nem vale a pena tentarem... Acho que nada me pode animar neste momento. 

23
Jan19

#4 Traçados dos dias

C.S.

A minha Dolce Gusto avariou há dias. Já a tinha há uns 6 anos ou mais e serviu-me bem. E a verdade é que até escolheu uma boa altura para me deixar, sabem porquê? É que a Nespresso está com uma ótima campanha na loja online.

 

Resultado: ontem vieram entregar-me a minha nova U. Que bem que me soube o café esta manhã!

 

(Imagem aqui)

 

E bem que eu hoje preciso de café, pois esperam-me duas reuniões que só de pensar nelas começo a suar. Acho que vou passar o dia a contar até 10 mentalmente, enquanto visualizo uma belíssima ilha de areia branca e mar azul cristalino. E se pensar na quantidade de testes que tenho para corrigir... Então, em vez de contar até 10, tenho de contar até 100.

 

Ando numa fase muito stressante no que toca a trabalho, por isso ando com vontade de me iniciar na arte da meditação. Vocês fazem? Contem-me tudo!

 

É que eu tenho deixado que o stress se apodere demasiado de mim e não quero que isso aconteça, pois quando acontece o meu corpo começa a dar-me sinais físicos, por exemplo, o meu dermografismo manifesta-se de imediato e com alguma agressividade. Enfim... Inspira, expira, inspira, expira... Repete! 

 

E era isto que hoje tinha para partilhar convosco. Vão lá viver a vossa quarta-feira com alegria máxima. 

19
Jan19

#3 Traçados dos dias

C.S.

Hoje é sábado e eu deixei-me ficar na cama até tarde. Porquê? Porque posso, porque chuviscava lá fora e porque me dói o corpo do treino de ontem. Também me dói um pouco a alma, mas isso é outra história. Uma que vocês não querem ouvir ou uma que eu não vos quero contar, nem sei bem. 

O A. saiu para trabalhar bem cedo. Saiu sem um ruído. Sem eu dar conta. Não sei como é que ele é capaz de tal façanha, sair da cama sorrateiramente para não me acordar. Mas amo-o também por isso. E ele sabe. 

Espera-me uma tarde de trabalho. Testes. Tenho de fazer novos, para segunda, e tenho de corrigir os que já foram aplicados. Inevitavelmente a mente viaja-me para umas férias que ainda estão longínquas, mas não me posso deixar levar...

Tenho de ir, porque o trabalho não se faz sozinho e os professores não corrigem testes atirando-os ao ar, para cima de um tapete ou da cama ou seja qual for a piada que já tenham ouvido neste sentido. É falsa. Altamente falsa. E irritante também. 

A rádio Smooth, (não conhecem? Deviam. Carreguem no link.), e uma chávena de chá preto, (enquanto estou sem máquina de café), fazem-me companhia enquanto trabalho. 

(Imagem aqui)

 

Quanto a vocês, tenham o melhor sábado possível. 

17
Mai18

Trabalho, trabalho e mais trabalho...

C.S.

Meus amigos, tenho tanta coisa para fazer...

Tantos prazos para cumprir, tanta ansiedade para diluir, tantos documentos em espera e comportamentos incorretos para digerir... Que não sei para onde me virar. 

Só me apetece deitar, respirar fundo e esperar que passe. 

Acham que se fizer isso a coisa se resolve ou ainda se agrava mais? 

 

4cecace71f9ddb08ef31cef994dae7f4.jpg

                     (Imagem de Pinterest)

24
Mai17

Sinto-me de rastos!

C.S.

Esta é a mais pura verdade.

Tenho trabalhado muito. Demasiado. Mais horas do que devia e sinto-me de rastos. Não tenho dormido um sono de qualidade e acordo cansada.

Nesta fase sinto que não vivo, sobrevivo e o que eu gosto mesmo é de viver.

Sinto que preciso de férias urgentemente. O problema é que o urgente ainda vai ter de esperar mais de um par de meses.

 

(Imagem aqui)

 

Desabafos à parte, desejo-vos uma ótima quarta feira e espero que se encontrem em melhor estado que eu.

 

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