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há mar em mim

18
Jun17

Quando nos faltam as palavras...

C.S.

Ontem à noite, recebi um sms informativo dedicado a um incêndio que estava ativo na zona centro do país. Mas só hoje, com o avançar do dia, compreendi a dimensão do acontecimento. A trágica dimensão.

O que se pode dizer perante uma tragédia? Que palavras podemos usar que não soem a cliché? Que lamentamos? Que estamos solidários? Que alguém tem de ser responsabilizado? Que os bombeiros são heróis?

(Imagem aqui)

 

O fogo sempre me assustou. Pela sua violência, pelo cenário de destruição que deixa na sua passagem e pela dor que provoca.

Para mim os bombeiros são o as pessoas mais destemidas que existem, porque conseguem avançar para combater as chamas, sem vacilar, sem pensar no que fica para trás, sem pensar na saída. Sou incapaz de vos explicar o profundo respeito e admiração que sinto perante estas pessoas e, para mim, é totalmente inconcebível que hajam voluntários, numa profissão que deveria estar plenamente consagrada como tal, condignamente remunerada e reconhecida.

 

Vi há pouco imagens avassaladoras. Do fogo. De impotência. De perplexidade. De desespero. De terror.

Vi um senhor, a rondar os 60 anos, que chorava e dizia que não sabia do filho, que tinha perdido tudo... E um outro, mais velho, a desculpar-se pelas lágrimas, dizendo que perdeu muitos amigos, que um terço da população da sua terra desaparecera...

(Imagem aqui)

 

Vi imagens de carros fantasmas, que já foram de alguém e que hoje jazem como sepulturas fora de sítio.

 

E nada disto faz sentido. Estou à espera que digam que este domingo negro não passou de um enorme pesadelo. E espero igualmente que os nossos governantes compreendam a importância de investir dinheiro na proteção civil. Porque a chave não será salvar, será prevenir.

23
Mai17

Não há palavras...

C.S.

Quando nos faltam as palavras,

trememos,

sentimos um arrepio que nos percorre o corpo todo. 

 

Quando nos faltam as palavras,

ficamos com cara de tolos

e os olhos aterrorizados.

 

Quando nos faltam as palavras,

aparece um nó na garganta

e um vazio insuportável na cabeça. 

 

Quando nos faltam as palavras,

o medo apodera-se de nós,

consome-nos e ficamos sem saber para onde ir.

 

Ainda há sítio para onde ir? 

 

 

Quando as vítimas são crianças que estão num local a concretizar um sonho, (ver um ídolo ao vivo), as palavras faltam sempre!   

16
Mai17

Preciso do vosso consolo...

C.S.

É verdade. Preciso de vocês. Do vosso apoio, do vosso consolo, basicamente, do vosso ombro amigo.

No último mês e meio têm existido tantas efemérides, tantos motivos de comemoração, tanta quebra na rotina, que eu preciso que me digam como vamos conseguir sobreviver a esta semana completamente normal e desprovida de festividades.

(Imagem aqui)

 

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