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há mar em mim

04
Dez18

A minha carta ao Pai Natal

C.S.

 

(Imagem aqui)

Querido Pai Natal,

 

espero que estejas bem aí pelo Pólo Norte. Os duendes estão a fazer bem o seu trabalho? Tu controla bem isso, homem, porque se falha uma prenda és capaz de ter uma contestação superior à dos coletes amarelos. 

 

Como está o Pólo? Já derreteu muito? Uma vez que vives aí, não deverias, nos primeiros seis meses de cada ano civil, (nos outros não, que estás ocupado com as prendas! A malta compreende.), arregaçar as mangas e, juntamente com uma trupe de duendes, a mãe Natal e os vossos filhinhos, tratar de arranjar uma solução para isso? Ou pelo menos marcar uma reunião com o Trump de modo a que lhe possas dar um valente puxão de orelhas, ameaçá-lo com todos os fantasmas de Natais que tenhas à mão, para ver se, de uma vez por todas, o senhor se convence que o aquecimento global não é uma invenção. 

 

Quanto a Portugal, país onde eu vivo, queria pedir-te para varreres os corruptos. Todos! Não precisas de recorrer à violência, dá-lhes do mesmo produto que usas com as tuas renas para pô-las a voar. Mas dá-lhes a dose adequada para a viagem só de ida. Eles que fiquem em Vozrozhdeniya que, segundo a uma pesquisa no Google, é um dos locais mais inóspitos do nosso planeta. Não te peço para os enviares para o espaço porque não acho justo que os ET's tenham de levar com o nosso lixo. 

Se ainda te sobrar um bocadinho de tempo para este retângulo, será que podes enviar o Toy para um local igualmente inóspito? Mas escolhe outro. Os corruptos são corruptos, mas também não merecem ouvir o Toy para o resto da vida. 

 

Outra coisa... O teu saco vermelho armazena as prendas numa outra dimensão, certo? Achas que no final da tua grande tarefa anual podes armazenar nessa dimensão todo o plástico que temos neste momento nos oceanos? Ficar-te-ia imensamente agradecida. 

 

Ainda te posso fazer dois pedidos a pensar unicamente no meu umbigo? Devo poder... Afinal és famoso por ter um coração gigante. 

 

Cá vai... 

 

1.º Por favor, não permitas que matem o Jon Snow no final da Guerra dos Tronos. Não sei se sobreviveria a uma segunda morte do rapaz. E não vale ficar meio-morto e de olhos azuis!

 

2.º Preciso de um pijaminha quentinho, mas não de tecido polar que aquilo faz-me aflição. Escolhe um fofinho e com bonecos. Deixo ao teu critério. 

 

E é só! Espero que tenhas começado a tratar de tudo com antecedência e que não deixes as tarefas para a última hora, porque é um horror tratar das prendas de Natal em cima do joelho. 

 

Beijinhos da tua eterna fã,

C.S.

 

 

 

 

04
Jun17

A Parrachita precisa de atenção

C.S.

Maria Vieira voltou às luzes da ribalta. Na semana passada criticou, não, ofendeu forte e feio o Salvador Sobral. Esta semana, para que não volte a cair no esquecimento, defendeu Trump. 

Não me venham dizer que a senhora não quer publicidade gratuita, porque quer. Atacou a pessoa que se tornou adorada por todos em Portugal (e não só) e saiu em defesa do vilão do momento. 

Não tenho dados concretos e também tenho de confessar que vejo pouco os canais nacionais, mas arrisco-me a dizer que a senhora há uns aninhos que anda na sombra, pouco ou nada aparece e deve ter agora começado a sentir a falta de atenção. Assim sendo, engendrou um plano para conseguir ser notícia e a verdade é que está a conseguir. Não me parece que consiga ser popular, mas que está a ter atenção, lá isso, é inegável. 

É a velha máxima: "Falem bem ou mal de mim, mas o importante é que falem". Bravo, Parrachita, continua assim. Talvez o Trump de adote como mascote. 

(Imagem aqui)

 

 

26
Jan17

O senhor que se achava mais importante do que aquilo que era na realidade

C.S.

Era uma vez um senhor que se achava imensamente importante. Este senhor achava-se tão importante que queria que lhe reconhecessem tanta importância quanto aquela que o sol tem para os habitantes da Terra. Por isso, o dito senhor pintava todos os dias a sua cara de laranja. Era um trabalho moroso, mas ele não abdicava dele. Estava determinado, nada o ia impedir de realizar o seu sonho.

 

Na esperança de conseguir atingir os seus objetivos, o senhor fechou-se um dia inteiro na sua torre gigante e começou a pensar como poderia conseguir simpatizantes. Que teria ele de fazer para que muitos o ouvissem e acreditassem naquilo que ele dizia? Afinal, se ele tivesse muitos seguidores mais facilmente conseguiria o lugar de destaque que tanto ambicionava. Após o retiro a que se submeteu o senhor tinha traçado o seu plano do mal. E era do mal porque ele não iria olhar a meios para atingir o seu glorioso objetivo.

 

Começaria por dizer exatamente o que os seus seguidores queriam ouvir. Depois de os conquistar, sacrificaria o que fosse necessário: a liberdade, o planeta, a tolerância, as relações de amizade com amigos de longa data… Tudo era válido para ele. Nada nem ninguém o iria impedir.

 

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Amigos, a verdade é que esta história ainda está a ser escrita, o senhor já se sente tão importante quanto o sol e já conseguiu uma nova casa que lhe atesta essa mesma importância, não sabemos se continuará a destruir o planeta e os sonhos daqueles que o rodeiam, mas mantemos a esperança de que, não podendo ter um final feliz, esta história possa não ter um final trágico.

 

21
Jan17

Para tornar este primeiro dia da era Trump mais leve...

C.S.

 Já muito se disse e escreveu sobre o que aí vem. Eu, pessoalmente, que sou uma pessoa que vê sempre o copo meio cheio, que é como quem diz, olho para tudo com otimismo, neste momento não creio que venham aí dias fáceis e quem vai acabar por sofrer são os mesmos do costume. E o planeta, claro, porque Trump não acredita no aquecimento global (?????) e só pensa no seu próprio umbigo.

Por isso deixo-vos uma das minhas músicas preferidas, de um dos filmes que mais adoro. Este tema, Society, do filme de Into the wild (2007) mete o dedo na ferida e questiona-nos: não viveremos nós sempre a desejar mais do que aquilo que, na verdade, precisamos para ser felizes?

Se apreendêssemos a viver de forma mais simples de certeza que não estaríamos à beira da rotura. Bom sábado e apreciem a fantástica e ingualável voz do Eddie Vedder. :)

 

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