Passeando pelo facebook, sapoblogs, twitter ou instagram compreendemos com facilidade que todos estamos (se não estão deveriam ter vergonha e estar!) de luto.
Luto pelo finado verão, que ainda não acabou, mas que parece ser chique considerar que sim. Todas as alminhas mais "in" têm de possuir nas suas redes socais dois posts: um de despedida do mês de agosto e um de olá ao mês de setembro, como se de um verdadeiro ritual de passagem de tratasse.
Todos devem retirar um tempinho do seu tempo para falar com os meses, porque se assim não for são as ovelhas ranhosas das redes e ninguém quer esse temido título. E aviso-vos que se só agora vão meter mãos à obra já vão tarde e terão de esforçar-se muito, porque as redes já estão inundadas de lamentos.
- E tu, C.S.?
- Eu? Vou preparar-me para o funeral...
Aqui mesmo! Deixem-me só ajeitar bem a toalhinha... Ah! Já está...
Este ano, como destino de férias escolhi Lanzarote, nas Ilhas Canárias. Vou ser sincera e dizer-vos que não foi o primeiro destino que me passou pela mente, mas o orçamento não era muito alargado. Posto isto, meti mãos à obra e fui à procura do que queria.
Eu e o A. tínhamos decidido que queríamos um destino de praia, (sim, é verdade, não nos chega viver no Algarve), porque para nós praia nunca é de mais. Depois de pensar em vários cenários virei-me para as ilhas espanholas e não queria as do Mediterrâneo, porque já lá estivemos (ainda que tenha sido numa curta passagem). E foi desta forma que me limitei às Canárias. Chegado a este ponto a pergunta era: qual ilha? Tenerife? Fuerteventura, La Palma, Lanzarote?
Bastou-me pesquisar um pouco para ter a minha resposta clara: Lanzarote. Queria um destino de praia, mas sem a confusão Algarvia de agosto e foi assim que me decidi. E também tinha curiosidade em perceber o que teria fascinado Saramago.
No dia 9 chegámos a Lanzarote de noite, fomos buscar o carro que tínhamos alugado e rumamos para o sul da ilha, para a zona de Playa Blanca, pois era onde o nosso hotel se encontrava. Apesar de não conseguirmos admirar bem a paisagem que nos rodeava, espantou-nos o pouco trânsito que havia e a tranquilidade que reinava na ilha.
Dia 10 saímos à descoberta e ficámos logo maravilhados por termos um vulcão perto do nosso hotel. Fomos dar um mergulho na praia de Playa Blanca e depois seguimos para algumas das praias mais bonitas de Lanzarote: Playas Mujeres, Playa Chiringuito e Playa Papagayo. O caminho que temos de fazer para chegar a estas praias é extraordinário, pois parece que estamos a andar no deserto e no fim encontramos praias maravilhosas.
Foi um dia tão bem passado! Eu e o A. estávamos simplesmente felizes. As águas eram cristalinas e pudemos fazer muito snorkeling.
Para a semana continuo a contar-vos esta nossa aventura. Se quiserem ver o início das férias vão aqui.
Vamos recuar um pouco no tempo. Voltemos ao início de agosto. Eu e o A. estávamos ansiosos por estas férias e com muita razão, principalmente por dois grandes motivos: 1.º os nossos trabalhos são um pouco incompatíveis no que toca à marcação de férias, pois eu não tenho grande escolha e o mês de agosto é sempre aquele que me calha e ele tem uma tremenda dificuldade em marcar férias em época alta, mas este ano os astros lá se uniram e conseguimos as tão ansiadas férias conjuntas; 2.º neste ano de 2017 mal tínhamos colocado o pé fora de casa em passeio.
Marcámos uma semana para um destino que não vos vou já revelar, (fui eu quem tratou de tudo, eu sou a minha própria agência de viagens e cada vez estou mais convencida de que resulta muito bem), mas antes dessa semana tivemos uns dias em que estivemos com amigos que não víamos há meses, fomos às nossas praias, limpámos e organizámos as coisas em casa e eu terminei as sessões de fisioterapia.
Na manhã do dia 8 de agosto, após a fisioterapia apanhei um susto de morte. Ao sair da clínica, em plena luz do dia, num local com algum movimento (para além da clínica há também por ali uma farmácia) um sujeito, ao aproximar-se de mim, grita um "Bom dia" bem alto, acompanhado de uma gargalhada sinistra, olho para ele e rapidamente desvio o olhar ao ver que numa das mãos segura, nada mais, nada menos, que uma faca enorme. O meu sangue gelou, mas senti que o doido estaria à espera de uma reação minha e, sem nunca ter parado, respondi-lhe "Bom dia", nisto ele ri cada vez mais alarvemente e coloca-se em movimento, felizmente no sentido oposto ao meu, e eu entrei logo na farmácia.
Não foi o caso, mas se por acaso estivesse para ir para um destino turístico mal afamado em termos de segurança, esta teria sido a prova de não estamos seguros em sítio nenhum (como se não tivesse constantemente provas suficientes!) e mais um incentivo para ir.
Dia 9 colocámos as malas no carro e rumámos ao aeroporto de Sevilha, não uma, não duas, mas três vezes! Sim, porque nós esquecemo-nos sempre de alguma coisinha em casa, o que vale é que íamos com tempo.
Quando chegámos a Sevilha constatámos que ainda tínhamos tempo de ir lanchar junto ao rio Guadalquivir, namorar e tirar uma bonitas fotos. Sevilha tem mesmo uma cor especial!
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